Sim, já chupei por gin, absinto, cachaça, vinho, conhaque.
Fui até um bar refinado na Zona Sul, pedi tudo que podia pedir, bebi tudo que podia beber.
Estávamos eu e Juçara Freitas, aquela do comercial de margarina. Final das contas: Não tínhamos um puto. Viramos putas. Ficamos aliciando uns camaradas de blusa gola polo. Conseguimos que eles pagassem todas as bebidas. Quem nunca? Pelo amor. Fingimos que íamos no banheiro, olhares de tesão falso. Falta de vergonha na cara, minha mãe não pode saber desse tipo de atitude. O álcool me domina. Sempre. É uma entidade que me comove. Fomos no banheiro, levantamos com as mãos entre as coxas. Caminhamos faceiras, fugimos pela culatra. Pela porta de emergência. Já conhecíamos o bar, e o staff desse bar refinado. Todos nos conhecem. Somos bem putinhas por sinal. Fomos embora, não chupamos nada. Só gelo grátis. Fumamos um cigarro na calçada. Apagamos com o salto. Eu e Juçara, aquela do comercial de margarina. Fomos embora sem sorrisos.
2 de fev. de 2015
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