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3 de jan. de 2017

Ele era um lobisomem juvenil

















Esbarrei no café Atlântico 
Esbarrei na Farmácia da rua principal
O mesmo casaco amarelo sempre
Super andrógino, sorriso adolescente
Celular super ultrapassado
Fumante, alto e magro
Esbarramos numa festa
Fiquei molhada
Estava sozinha
Caçando... 
Eu que sempre caçava
Queria ser comida
O lobinho com cara de tarado
Me olhava do outro lado da rua
Já eram 3 horas
Ele me pediu o isqueiro emprestado
Estavámos bem, até q ele começar a falar
de Legião Urbana...

Adeus mundo cruel X_X 

6 de jun. de 2016

Série Tinder: Pau fino e pequeno



Voltando ao blog depois de alguns meses sem postar aqui no Mulheres Que Bebem
Hoje começo a publicar uma série sobre minhas aventuras sexuais no TINDER, fora do Brasil. Faz alguns meses que me mudei para a Europa, e aqui instalei o aplicativo. Desde então, tenho tido encontros casuais, nem sempre bons, nem sempre ruins, mas todos eles me dão motivos para compartilhar experiências. Já que o ser humano pode ser céu, limbo ou inferno.




Sou romântica, não posso negar, sou romântica dou beijinho, faço carinho. Na hora do amor eu falo até que vou casar... Mas... Importante, não tolero pau pequeno. Isso infelizmente eu não tenho capacidade. Conheço gente que pode, que consegue, que tolera, que aceita. Eu tenho nervoso. MESMO. Adianto? Meu personagem de hoje sofre desse mal, revelo o nome? OK, Renato, mentira, Pedro, mentira, Paulo, mentira, Jordi, ou Nuno, tanto faz. O nome real não altera a ordem dos fatores. Tudo começou com meu primeiro MACHT inocente no TINDER. Um cara super interessante, alto, sorrisão lindo. Falamos por 3 dias antes do encontro. Me contou que trabalhava editando vídeos. Morava num lindo apartamento com super vista. Bebemos vinho. Eu disse que buscava amizade mais que tudo, ele sorriu. Plantação de marijuana. Noite perfeita para afogar a saudade do Oceano Atlântico. Tive que forçar um primeiro beijo, ele era tímido, música rolando. Me levou pra cama, começou o rala, fui conferir: pequeno e fino. Pensei AH Não! Desanimei, mas não deixei a peteca cair. Foi o que foi, era o que era. Óbvio, não gozei. Eu fingi que estava curtindo. Por mim mesma, era meu primeiro encontro no tinder com alguém. Eu precisava me ajudar. Eu precisava mesmo. Precisava de sexo. Estava em abstinência. E terminamos. Já está. Fumando um na cama dele, me preparando pra ir embora ,ele me avisa: meu irmão chegou. Pensei beleza, vou pegar o bonde. E depois ele complementa, com certeza está com alguém que conheceu no TINDER. 
Pensei: normal, beleza. Marco mais uns 30 minutos. Conversa vai, conversa vem. Eu levanto, me despeço, beijo, beijo, tchau. São 3 horas da manhã. Cruzo o corredor. Escuto o sexo do irmão. A mulher geme bastante alto. Está gritando louca. Está em transe. Clima de prazer no ar. A respiração do homem é animalesca. E a mulher grita algo sobre o tamanho enorme do pau dele. "Seu pau é grande, seu pau é grande, devagar, seu pau é grande". Ele só respira.  Estou estática no corredor. Olho pra uma fotografia na mesa. Os dois irmãos abraçados numa praia, tamanhos diferentes. Um altão e o outro baixinho. O baixinho está mandando ver no quarto. Barulho de cama batendo forte. Continuo estática no corredor. Balanço a cabeça. Acordo da cena. Desço as escadas invejando, sorrisinho bobo. Estou considerando várias coisas e filosofando com o céu que me cobre de estrelas. A velha história de que "tamanho não é documento" pode ganhar muitos desdobramentos a partir disso. Lição 00001. 

Até a próxima!
Beijo na xota! 
:* 


13 de mar. de 2016

Manifestações contra corrupção do dia 13: intervenção alienígena, já!




A gente começa a perceber que a coisa está esquisita, por exemplo, quando um jornal de grande circulação deixa o boy publicar a redação que ele escreveu para a tia da classe de português quando estava na escola, travestida de artigo político na luta contra o monstro Lula-lá. Nada melhor do que citar os Power Rangers como uma analogia maniqueísta à nossa eterna luta contra o bicho papão.




Afinal, a manifestação vai estar muito bem representada pelo rei do pó branco e seus amigxs.


 





Até porque, vômu convir, as pautas de reivindicação são legítimas







A gente vê bem que o pessoal que está nas ruas faz parte das camadas que mais sofreram com as políticas implementadas pelo governo PT, obviamente. Pobre coitados.







Fiquei até com pena dessa amigxs, pobre





Mas bom mesmo foi ver a genialidade dos coleguinhas em um dos melhores exemplos de anúncio de oportunidade da vida. O pessoal de marketing tá de parabénx na venda de produtos para amenizar o cheiro de bosta.





Daí eu já estava rindo tanto que resolvi dar uma aliviada, saindo do Facebook e entrando no whats app, só para acalmar os ânimos. E no meio de uma inocente conversa, eu me deparo com um troço desses.




Felizmente, como vocês podem ver, eu seleciono muito bem as minhas amizades.

Mas nem tudo é piada e muito me alegra ver a seriedade e imparcialidade na cobertura desse evento mágico que tá rolando no dia 13.






Mas sabe quando você ri tanto, ri tanto, que depois bate uma bad? Aí você pensa: “cara, a parada mar tá tão bizarra, que só mesmo uma intervenção das galáxias para resolver essa M toda”.

Maaar não… péra…




Afinal de contas, somos seres evoluídos. Não há necessidade para tanto.






Sério mesmo, pior do que isso, só mesmo pobre de direita.




E axé, Hitler




2 de fev. de 2015

Já chupei por alguns drinks bons

Sim, já chupei por gin, absinto, cachaça, vinho, conhaque.
Fui até um bar refinado na Zona Sul, pedi tudo que podia pedir, bebi tudo que podia beber.
Estávamos eu e Juçara Freitas, aquela do comercial de margarina. Final das contas: Não tínhamos um puto. Viramos putas. Ficamos aliciando uns camaradas de blusa gola polo. Conseguimos que eles pagassem todas as bebidas. Quem nunca? Pelo amor. Fingimos que íamos no banheiro, olhares de tesão falso. Falta de vergonha na cara, minha mãe não pode saber desse tipo de atitude. O álcool me domina. Sempre. É uma entidade que me comove. Fomos no banheiro, levantamos com as mãos entre as coxas. Caminhamos faceiras, fugimos pela culatra. Pela porta de emergência. Já conhecíamos o bar, e o staff desse bar refinado. Todos nos conhecem. Somos bem putinhas por sinal. Fomos embora, não chupamos nada. Só gelo grátis. Fumamos um cigarro na calçada. Apagamos com o salto. Eu e Juçara, aquela do comercial de margarina. Fomos embora sem sorrisos.


10 de jan. de 2015

Vou de Táxi


Para os mais conservadores, a reprodução nos dias de hoje de algumas programações exibidas na televisão brasileira na década de 90 seria o auge da perversão e afronta à moral e bons costumes da família cristã. Um dia desses, me deleitando com bizarrices disponíveis no YouTube, por exemplo, fiquei estarrecida com vídeos que eram comuns na época (inclusive para mim), mas que hoje causariam um verdadeiro auê, principalmente se exibidas assim, bem à luz do dia, para vovozis e criancinhas assistirem.

Quem não lembra da Sara, uma morena gostosona que ao som da música “Strip Tease”, da Companhia do Pagode, ficava praticamente pelada, só com duas estrelinhas no bico do peito, para a alegria da rapaziada. Isso em pleno horário nobre (ou em qualquer outro horário que fosse, não tinha tempo ruim). Considerando a ainda parca existência da internet na época, esse era o máximo que muitos rapazotes no auge de sua puberdade viam de uma mulher, já que a pornografia não estava assim, tão à mão.

Tinha também a banheira do Gugu, em que as mulheres ficavam com a rabeta para o alto e tinham suas peitolas saltitantes comumente exibidas, permitindo que em pleno um domingo à tarde todo mundo visse moçoilas de corpos protuberantes com tudão de fora. Isso quando não aparecia uma tal de gata molhada, que consistia em uma xôveim trajando blusa branca, sem nem um sinal de fumaça de sutiã, se deliciando embaixo de um chuveiro, assim, no meio do programa. Mas esse Gugu era mesmo um brincalhão e todo mundo achava tudo aquilo muito legal.


Saudosismos à parte, ainda tem mais, meus caros e minhas caras. Muito mais. Os exemplos que citei acima são apenas os mais óbvios. E como não curto obviedades, não estou escrevendo nesse momento para falar de rabetas e peitolas de fora. Esse post é para falar da danadona da Angélica, a mais virada na pomba de todas, que com aquela carinha de santa-virgem discursava as maiores perversões e todos ovacionavam, encantados com a linha menina-angelical.

Pois deixem-me explicar melhor. Estava por esses dias em um videokê e, no auge do teor alcóolico geral, uma alma etilicamente emocionada teve a feliz ideia de cantar “Vou de Táxi”. Não sei se foi efeito da Cátia, mas pela primeira vez em toda minha vida prestei atenção na total depravação do que seria apenas uma inocente música, outrora reproduzida por pobres crianças, velhinhas bondosas e gentchi de beim, que não se davam conta da ode à putaria que é essa singela canção. Pois bem, para quem duvida do que eu falo, vamos analisar a letra de “Vou de Táxi” cuidadosamente.   

Pela janela do meu quarto
Ouço a buzina
Me chamando
Quem será que vem me acordar?
(A danada tem tanto macho que nem sabe quem é o da vez)

Mas no banho
Foi só me tocar
(Siririquenta assumida e explanada, fazendo do ato da dedilhada algo romântico e não uma ato puramente mecânico-sem-vergonha, permitido às mulheres o direito à livre expressão da bronhada feminina)

De repente
Lembrei do teu olhar

No espelho
A cor do batom
Lembro o beijo
Que foi pra lá de bom...
(Se tem batom no espelho dela, obviamente não é o da boca dela, foi alguém que deixou lá. E se esse batom a faz lembrar de um beijo, provavelmente é porque o outro personagem desse enlace é... uma mulher!!! Ou seja, além do tributo à siririquice, Angélica lançou a pauta das moças que curtem mesmo é colocar a aranha para brigar, sendo uma das precursoras da defesa à causa LGBTS na televisão aberta)

Vou de táxi, cê sabe
Tava morrendo de saudade
Mas nem lembro do teu nome
(A danada fez barba, cabelo, bigode e não lembra nem qual é o nome do/da moço/moça)

Não tem pressa
Teu jeito de olhar pra mim
Me arrepia
Me leva, me faz viajar
Pelo céu..
Pelo sol...
Pelo ar...
(Percebam bem, caros leitores, que aqui ela acaba de descrever um orgasmo, em uma música amplamente difundida nas casas da família brasileira)

A escola pode esperar
(Mas como? Escola? Isso aponta para uma personagem ninfeta-mirim. Veja bem que essa frase apresenta duas informações impactantes. A primeira: as novinha qué dá. A segunda: Matar aula para putaria tá liberado. Aconselho as pessoas de beim a não deixarem suas filhas adolescentes criadas para serem uma mulher-para-casar ouvirem isso)

E para quem quiser conferir o clipe logo abaixo, nem vou falar sobre o tal do “Angelical touch”, que aparece logo no início do vídeo. Como diria a colega Cleycianne, chocada em Cristo.


6 de jan. de 2015

Pinga ni mim



Menstruação. Aquele pinga-pinga mensal que nós mulheres enfrentamos, sob cólicas, enjoos, TPMs, dores na lombar, dores nas pernas, dores nos pés, contrações fulminantes na pepeca e por aí vai. Isso só para listar alguns dos possíveis sintomas decorrentes em uma rapariga cuja a cona está a espirrar jatos de sangue.  Sendo que, além dos fatores internos decorrentes desse singelo período, também há os externos, tipo a) a porra da menstruação te pegou de surpresa e você ficou suja no meio da rua. b) andar com um absorvente higiênico, sentindo aquela coisa roçando e o sangue jorrando de sua periquita, é uma sensação deveras incômoda. c) usar absorvente interno, além de não ser a opção mais higiênica, pode ser bem chato, principalmente se você ficar muito tempo sem trocar. d) dar adeus às belíssimas saias, vestidos, calças e roupas brancas durante esse estado de liberação dos dejetos internos ovulatórios, a não ser que você não seja do tipo encanada e compre regularmente “OMO tira manchas” ou “Vanish poder O2”. 

O engraçado é pensar que para a pimposas meninotas pré-adolescentes, a menstruação é um dos momentos mais esperados de todo o ever. A magia acaba justamente quando ela bate à porta, ou nesse caso, o orifício vaginal. Porque quando a dita cuja vem pela primeira vez, as púberes recém adentradas na fase adulta já dão logo de cara com sua primeira (entre muitas outras que virão pela frente) situação constrangedora. A mami, ou a vovi, ou a tia, ou a irmã mais velha, ou alguma parenta sem noção, sai espalhando para a família/vizinhança/cachorro/papagaio/periquito que a “fulaninha ficou menstruada!”, fazendo escândalo nas casas, nos eventos onde estão presentes conhecidos, desconhecidos, incluído aí aquele gatinho que você sempre quis beijar, anunciando a boa nova em alto e bom som para que todos possam te felicitar, abraçar e afins, enquanto a única coisa que você desejaria fazer seria enfiar a cabeça debaixo da terra.

Mas eu também não preciso ser tão dramática. Na cultura muçulmana, por exemplo, depois que a moçoila tem sua primeira menstruação, ela passa a ser obrigada a usar pelo resto de sua vida um véu para tapar o rosto. Depois disso, quem decide onde e quando alguém vai poder ver esse rostinho de novo e em quais condições é o papaco da donzela e, posteriormente, seu dulcíssimo marido. Etnocentrismo à parte, eu não deveria ficar tão mal humorada só por ser obrigada a usar o famoso “modess” uma vez por mês, durante aproximadamente cinco dias, desde os nove anos de idade. E sim, a dita cuja fez o favor de me visitar e por aqui ficar quando eu literalmente ainda curtia brincar de bonecas e nem pensava na hipótese de fazer boneco algum.   

Tcheca tcheca na pepeca

Mas a merda toda, pelo menos para mim, não é ter que sentir fagulhas no meu útero uma vez por mês, como seu eu estivesse levando alfinetadas manejadas diretamente pelo próprio capiroto, tamanha a dor que sinto. Não, isso não é problema, com esse sofrimento eu já me habituei. A merda toda é quando, durante esse período de jorrância vaginal total, me bate uma puta vontade de dar.

Teve uma vez, por exemplo, que combinei de encontrar com um boy depois de um jazz que ia rolar na Rua da Lapa. Eu ficaria por lá com meus amigos, beberia uma cátia e, quando ele chegasse, eu já estaria na efervescência da felicidade. Lembro que a dita cuja sanguínea estava atrasada e confesso que eu fiquei levemente temerosa com a possibilidade de que um pimpolho poderia estar a caminho. Não do boy que eu veria nessa noite, posto que eu nunca tinha ficado com ele. Mas de um outro cacho que eu tinha por aí.

Por fim, positiva como sempre sou, joguei para o universo que não viria boneco algum e resolvi bater um papo com meu útero: “Escuta aqui, seu filho da puta. Eu sei muito bem que não tem porra nenhuma aí dentro. Logo, não ouse mandar dejetos de ovulação para mim justo hoje, porque nessa noite eu quero dar”. E não deu outra. Horas depois, a pourra da menstruação (que não era porra, mas sim sangue) estava descendo e destruindo meu sonho de pirocada bem dada em uma quarta-feira pueril. Tudo nessa vida é psicológico, e vou te dizer, meu psicológico vive me fudendo. Esse foi um caso clássico.

Fiquei puta, liguei para uma migs dizendo que não ia mais para jazz algum, ao que ela me convenceu dizendo “relaxa, vem pra cá, a gente fuma um, bebe um vinho e depois você decide o que faz”. Só que eu não fumei um, nem tomei um vinho. Fumei alguns, bebi vinho, cerveja, cachaça e, quando o boy chegou, eu já estava no auge da euforia alcóolica, cagando infinitamente para minha condição menstrual.

Mas antes de dar prosseguimento a esse relato sexual, quero deixar uma coisa bem clara. Não que eu me importe em dar menstruada. Se o cara que vai comer não liga, quem sou eu para negar? A questão é que a lambança é no mínimo incômoda, apesar de, na hora do fuck fuck, ninguém se ligar muito nisso. Eu só acho que a pessoa tem no mínimo que ser avisada antes. Afinal, descontruindo o pensamento machista de que homem que é homem mete a piroca de qualquer jeito e não tem nojinho de mulher menstruada, eu realmente penso que nenhum homem é obrigado a curtir a lambuzada de sua piroca em sangue alheio. Sem contar que comigo não rola aquele papinho de “se o campo tá molhado a gente joga atrás do gol”. Adoraria curtir um cu bem dado. Mas cu, pelo menos o meu, dói.

Voltando ao caso do boy. Saímos do jazz e fomos a sós papear em um boteco de esquina, para propiciar todo um clima de fudelância plena. Posto que quando ele perguntou “vamos tomar a próxima cerveja no meu apê”, imediatamente aceitei, não sem ter ido ao banheiro antes verificar a situação da minha pepeca. Vi que o sangue a jorrar era pouco, joguei o O.B. fora e fui para o apartamento que ficava logo ao lado do boteco, fazendo a egípcia. Ao adentrar o recinto, dei de tudo que é jeito (menos o cu, como já foi dito mais acima). Foi uma fudelância muito doida, ainda mais levando em conta que o cara me surpreendeu com o tamanho de seu bilau, que em comparação à baixa estatura do mancebo, era um belo de um GG.

Eis que, no dia seguinte, antes de dar aquela tradicional transada da manhã, fui ao banheiro e vi que a quantidade de sangue a escorrer já não era a mesma da da noite anterior. Dessa vez eu não ia ter como negar, eu tinha que avisar ao boy que estava menstruada. Com cara de chocada, entrei no quarto falando “estou sangrando!”. E ele, coitado, achou que o sangue era resultado das estocadas ferventes e frenéticas que eu tinha recebido dele na noite anterior! Ahahahahahahahah! Tadinho. Tudo bem que ele era pirocudo, mas também não era para tanto. Mas, como um bom ser humano que sou, para satisfazer o ego de macho-homem-alfa dele, não só permiti que o boy realmente pensasse isso como ainda fiz cara de preocupada do tipo “nossa, será que vou precisar ir ao médico?”. Claro que essa dúvida de possível perfuração uterina não impediu o filho da puta de me comer de novo cinco minutos depois. Vou te falar, tem mesmo muito FDP por aí (com todo respeito as putas, mulheres de fibra e trabalhadoras, é claro).

Mas pelo menos, no balanço final, até que me saí bem. Dei, gozei, fui feliz e voltei para casa. Saudável, menstruada e sem nenhum risco de procedimento-cauterização-pós-coito. Tenho uma amiga, por exemplo, que inventou de dar menstruada para um babaca de um conhecido meu, o que resultou em móveis e lençóis em estado digno de um filme de Tarantino. Carinhosamente, esse rapaz a alcunhou de “Pomarola”, apelido que foi difundido em alta escala para conhecidos e desconhecidos do bairro. Mas veja bem, nesse caso, o problema não foi ela ter dado menstruada. O problema foi ela ter dado para um bundão. Mas isso já é tópico para outro post.

A questão é: sexo menstruada? Faço. Mas tenho uma puta preguiça. Quando dá para adiar, dou uma desculpa, enrolo o cara mais uns dois dias e depois é só correr para o abraço. Mas quando a pepeca fica em chamas e o tesão não dá para segurar, ah, meus queridos, não tem sangue que segure. Se o boy topar, tá tudo certo. E para as moçoilas politicamente corretas revoltadas com o teor pejorativo que dei à menstruação nesse post: a menstruação é uma dádiva divina, ok? Mas dizer que menstruar é a melhor sensação do mundo, aí também já é demais.



21 de out. de 2014

Não era o Hulk, nem um Avatar, nem o Aécio Never



Sonhei que eu tinha uma forte tensão sexual com o Aécio Never, que na verdade era meu professor da faculdade, que na verdade era Mark Ruffalo, aquele ator norte-americano-hollywoodiano gostosinho, que primeiro declarou apoio à candidatura de Marina da Silva à presidência, mas depois voltou atrás ao saber de suas políticas um tanto quanto indefinidas (marca registrada de Mamá) em relação a temas como uniões homoafetivas. Para quem não sabe, além de apoiar o casamento gay, o boy magya fez o papel do médico na adaptação para o cinema de Ensaio sobre a cegueira, dirigido pelo brasileiro Fernando Meireles. O filme é baseado no homônimo do tio-portuga-Saramago, aquele mesmo que confunde nossas cabeças com o (não) emprego de vírgulas e pontos finais nos textos.
Mas epa, perae que eu me perdi. Vamos esquecer da Marina-loka-vira-casaca-que-se-diz-de-esquerda-e-apoia-a-direita-reacionária. Vamos esquecer José Saramago, Fernando Meireles e Ensaio sobre a cegueira. Eu estava falando da tensão sexual com o Aécio, que na verdade era meu professor da faculdade, que na verdade era o Mark Ruffalo. No sonho, a tensão sexual se agravava ainda mais porque, por ele ser meu professor, não poderíamos fazer uma puta de uma fudelância generalizada naquele momento em que o desejo ardente flamejou. Resultado: ximbica latejante-lacrimejante (de tristeza, não de gozo) diante do tesão reprimido.
Mas se fizéssemos uma análise Freudiana, diríamos que a impossibilidade de me atracar seriamente com o meu professor seria, na verdade, algum tipo de auto restrição promovida pelo meu próprio inconsciente, já que meu consciente jamais me permitiria desejar alguém que, apesar de ser Mark Ruffalo, também seria o coxinha-representante-do-PSDB-na-candidatura-para-presidência e suposto espancador de mulheres.

Ou seja, sério conflito existencial, porque eu pegaria lindamente o Mark Ruffalo, que para quem ainda não sabe de quem se trata, é aquele ator com cara de nerd que interpreta O Incrível Hulk na última série de Os Vingadores, dirigida pelo Joss Whedon. Adoiro homens com cara de nerd. Principalmente se eles usarem óculos. Se rolar uma barbinha então, fudeu. Em Os Vingadores, Mark Ruffalo tem cara de nerd e usa óculos. E ainda por cima fica verde. Isso acabou de me lembrar um filme pornô trash, baseado no recorde de bilheteria do James Cameron, Avatar.

O pornô, de produção bem inferior ao ganhador de três oscars, é mega bizarro. Os atores pintados de azul começam a trepar e, obviamente, o atrito de suas genitálias faz com que apenas essa região fique sem tinta. Uma mancha cor de pele rodeada de uma coloração vagabunda, que escorre com o primeiro atrito e gotas de suor. Eu que não deixaria ninguém colocar o pinto pintado com uma tinta azul vagabunda dentro da minha pepeca, eu hein. Vai que me dá um corrimento maluco depois?! Ou algo pior? Sai fora.


Mas eu permitiria a entrada do bilau verde do Mark Ruffalo (que seria o cientista Bruce Banner, que se transforma no verdão-halterofilista-Hulk) entrar em minha cona descolorada. Não desmerecendo, é claro, as produções tupiniquins, mas acredito eu que as tintas hollywoodianas tenham qualidade superior a das empregadas em uma produção pornô barata. Mas o Mark Ruffalo teria que estar de óculos. Verde e de óculos. Quem sabe com uma barbicha também? 

Enfim, no final das contas eu não dei nem para o Aécio-Never-espancador-de-mulheres, nem para o ator-hollywood-americano-Mark-Ruffalo, nem para o cientista-maluco-irritadinho- Bruce-Banner, nem para o Hulk-jeba-verde-tamanho-GG, muito menos para o ator-pornô-pintado-de-azul-avatar. Ah, também não dei para professor meu algum, até porque já terminei a faculdade faz tempo e ainda não voltei a estudar. Muito no máximo eu poderia tocar uma siririca, mas é que me deu preguiça. Eu até fuderia com um Avatar desbotado, mas esse negócio de dar para o Aécio acabou por me tirar o tesão.