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18 de ago. de 2011

Um pouco de vagina em flor


Parte I – Hedonismo regado com esperma de caule

Vendi o corpo por água,
Apesar de a chuva cair todos os dias.
E minha vagina em flor teve pétalas arrancadas
Antes mesmo que pensassem em murchar

secando...
descolorindo...
morrendo...

Eu não queria sua beleza desperdiçada.
Abri bem as pernas.

E antes que as folhas caíssem,
Antes que os galhos secassem,
A vida foi ejaculada em mim.
Tantas e tantas vezes.

Tive muitos orgasmos, quase todos fingidos.


Parte II – Vampirismo vindo dos recônditos mais longínquos

Vieram de muito longe
Só para beberem em meu cálice.
Eu dei o líquido.
Engoliram sedentos
Até a fonte secar.

Meu esperma perdeu o aroma adocicado, misturado a tantos outros gostos.


Parte III – Autoflagelo

Desse caule cheio de espinhos
Tentei arrancar todos.
Com as próprias mãos.

Vi sangrarem feridas de minha carne.
Chorei gritos de ódio e de dor.

Continuei berrando,
Enquanto minhas mãos pingavam
(pingavam
pingavam
pingavam...)
Lágrimas que não deveriam ser minhas.


Parte IV – Final?

Sou uma santa que se prostitui todos os dias, pelo simples prazer de se humilhar. Sou uma louca lúcida, que vê o pouco da sanidade dissolver sob os olhos. Sou uma promíscua que se confessa sempre, apesar de não querer redenção. Sou uma virgem enfastiada, que se deixa ser estuprada pela vida.

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