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23 de jun. de 2011

Redescobrindo a ilusão do mundo

Fazer coisas diferentes todos os dias é normal. Percebê-las que é a descoberta. O céu, as nuvens, o toque do vento frio de um início de manhã de inverno. Sentir o ar entrar e sair de cada poro do corpo ao longo da pele. Ver que o insconciente é feliz, alegre, voa alto e é desprendido. Jogam-se os anéis, os braceletes e o chapéu ao mar. Iemanjá traz. Mas só se quiser.

A vida passa em uma única noite. Descubro que é isso que quero. Tenho medo de um beijo que me tire deste mundo, ali na esquina em que estava parada, e me leve para outro lugar em que nada conheço mas que me faz a pessoa mais feliz do mundo. Cada lágrima é a lembrança de algo que não quero esquecer.

As músicas mais lindas tocam no rádio enquanto penso na minha mãe, nos meus avós, no meu irmão... todos com muito carinho. Mesmo partindo, sei que vão ficar bem, sabendo que fui para um lugar que mistura sonhos, fantasias e realidades. O tempo passa devagar e o desejo de ter um dia de mais de 24 horas torna-se real, com a possibilidade de fazer tudo ao mesmo tempo. Seria o tal do viver dez anos a mil?

Nesse mundo, toques, beijos e carícias são mais intensos, mais gostosos. Ações simples mas que arrepiam a alma. Não olhamos para o horizonte. Também não olhamos para a Lua. Eles que nos olham, nos vigiam e nos espreitam, tomam conta das nossas conversas sobre a vida, o futuro; sobre nós dois. E por um breve tempo, o Sol e a Lua dividem o céu.

O cenário leva a um abraço em cima de uma pedra numa cidade que não reconheço, por mais que tenha passado várias vezes por ali. Mais cores. Mais vida. Mais tudo. Até mais abraços. Mais raios de Sol. Mais nuvens. Desenhos nas nuvens. Mais ventos, brisas. Mais beijos e mais desejos.

O dia amanhece e a vida volta ao normal. Sapatos e roupas no lugar. O retorno vai apagando o lugar encantado dos meus sonhos. A vida dos meus sonhos. Iemanjá ficou só com o bracelete. O anel deve estar com uma esposa feliz. Já o chapéu, lavado, está pronto para outra noite de ilusões, alucinações e redescobertas.

Um comentário:

  1. Destilado de Entropia23 de junho de 2011 às 12:32

    Isto porque alguns detalhes sórdidos sempre são perdidos. Mas voltam. Tem mais de onde veio isso...

    O objetivo acaba sendo sempre mais, com mil perspectivas diferentes ;]

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Áhh, que fofo você comentar!!!