Esse buraco cheio de lágrimas tento preencher com palavras, em vão. Sou
incapaz de expressar o que sinto para mim mesma, sou incapaz de preencher
linhas no papel. E essa necessidade nunca saciada me corrói a alma. Pesa em
mim. Sou uma poeta sem versos.
E quando tentar escrever o que nem sei sentir me consome demais, leio,
devoro letras de outros. Ler pode ser mais intenso do que horas, dias, meses de
existência. Às vezes, chega a doer.
Mas o que dói mesmo é a incapacidade de escrever e fazer com que
janelas de minha alma sejam abertas. E permitir essa luz que só brilha lá fora,
dentro de mim. Só há poeira, lágrimas, letras, solidão.
No dia em que pensei ir além de apenas existir, gritei, chorei, me
senti desesperadamente viva. E cavei bem fundo para procurar em algum lugar
algo que me sustentasse, que me fizesse suportar a sensação de viver. Mas não
havia... não há nada em mim. Além do eco do grito que não dei, que não para de
soar em minha cabeça. E dessa dor que me desorienta o espírito.
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Tem uma poeta em gestação dentro de ti, menina. E só dar a Luz. Proesia da melhor sensibilidade.
ResponderExcluirFazia tempo que não vinha beber umas doses. Saude!
Beijão.
Ricardo Mainieri
Olha, Ricardo, deve estar bem lá dentro mesmo, pq eu ñ encontro rs
ResponderExcluirobrigada e beijão ;)