Aaaaaaaaaah, o carnaval. Oportunidade ímpar em que moçoilas colocam para rodo suas pepecas em chamas, sem nenhum tipo de aflição moral. Nem preciso citar os rapazes que desfrutam vigorosamente dessa estação-anual-propícia-ao-amor (só para ser romântica) e saem metendo o pinto em uma vasta quantia de buracos quentinhos, que altruisticamente oferecem sem pudores seu almejado abrigo. O que percebemos é a concretização do ato filantrópico, para não dizer putaria declarada. Aaaaaaaah, valores humanitários!
Sendo assim, nada mais junto do que usar minha folia carnavalesca como gancho para contar um singelo episódio que apresenta singular moral da história: “A enrustição não leva ninguém a nada, posto que, em algum momento, a necessidade de movimentos pélvicos vai despertar coceiras em todos os seus orifícios, sejam anais, bucais, vaginais, narebais e afins”. E você, acostumada (o) a ser exemplo de puritanismo, vai degustar de um momento especial de total insanidade e perversão sexual. E o pior (para você, porque eu acho essas situações divertidíssimas), isso vai acontecer no meio de um monte de gente, o que pode te fazer acordar em crise existencial como jamais tiveras antes. É por isso que eu adoro ressacas morais. Nos outros, é claro.
Pois eis que juntei minhas tralhas, meti o pé da cidade maravilhosa e fui fazer pegação junto aos bonecos de Olinda. Cocotinha antiga da pista como sou, ninguém esperava de mim menos do que fiz. Beijei uns desconhecidos gateréssimos e não deixei sequer qualquer tipo de possibilidade para novo encontro. E também não copulei com ninguém, posto que eu não estava a fim de liberar minha refinada flor do campo para desconhecidos no meio da rua. Logo, eu jamais seria alvo de um post carnavalesco nesse blog. Então, vamos logo ao que interessa, já estou há três parágrafos falando meia dúzia de merda e ainda não entrei no tópico principal dessa fábula, que não tem nada a ver com a-vida-com-ela-realmente-é (ah-ha).
A delega
Eis que fui apresentada a uma jovem senhora, mulher madura, bonita, recém separada de um relacionamento de anos. A pobre entrou em depressão, fez tratamento psicológico e, apenas agora, meses após o pé na bunda, começou a se recuperar da dor de corno que a possuia ardorosamente. Super discreta e recatada, ela quase não bebe e, segundo uma de suas amigas, também não pegava ninguém diferente há anos. Mas aaaaaaaaah, não. Não poderíamos deixa passar em branco a oportunidade dessa pobre curtir seu primeiro carnaval mais soltinha do que arroz Tio João.
Eu, em companhia de dois filhotes de mal (para não dizer espíritos desprovidos de luz superior), levei essa moça para as famosas ladeiras de Olinda, na intenção de que ela fizesse uma pegaçãozinha básica, nada de mais, sabe qual é? Só pra abrir espaço na aglomeração de teias de aranha entranhadas na boca. Levando em consideração que ela é nada mais nada menos do que uma delegada com um posto pica das galáxias no sudeste, boba que não é, colocou um boné e óculos escuros para não ser reconhecida nas vielas escuras da vida carnavalesca.
E foi aí que começou
Para variar um pouco, comecei a encher o pote insanamente com minhas consortes, e a delegada que estava na vibe, inventou de acompanhar a gente.... ai, papai. Não demorou muito para que, em vez de dar uns beijinhos em um aqui, outro ali, ela simplesmente começasse a enfiar língua na boca de geraaaaaaaaaaal que visse pela frente. Enquanto ela estava só agarrando os moços feito uma taradona no cio (e não queria saber se estavam acompanhados ou sozinhos), tudo bem, ainda estava tranquilo.
A merda foi quando a louca simplesmente começou a bolinar o órgão sexual-peniano-masculino de tudo que é macho que via pela frente, praticamente transformando as chapeletas desconhecidas em um quibe no processo de preparo. Papai, tensão total. Em um dado momento, um dos rapazotes sexualmente molestados por ela, cheio de dor no pintinho recém-apertado, gritou: “Rapariga da porra!”. Adoro as nomenclaturas nordestinas. Faltou pouco para eu ouvir o adjetivo “rameira” ou “meretriz”. Sensacional. A Delegada de Olinda apertou a-cobra-que-cospe-sabão de geral, trocou saliva com todo mundo e mais um pouco e, por sorte, passou desapercebida com seu disfarce na linha Clark Kant.
Ela quase se safou
Eis que cansadas, resolvemos partir para casa, descer as ladeiras de Olinda em busca de um táxi para, enfim, abraçar nossas camas após um animado dia de folia. E não é que não contente em ter feito a pegação que entrará para os anais da história de Pernambuco, a porra da delegada doidona me começou a gesticular e berrar na rua já vazia, feito uma louca: “Eu quero roooooooooooooola! Não tem uma roooooooooooooola aquiiiiiiiii! Eu quero uma roooooooooooooooola bem graaaaaaaande!”. Uma insana.
Mas não pensem que a graça foi essa. A graça foi ver um engraçado vir correndo em nossa direção, assustado com tão adorável discurso (ou seja, chocado com a situação), para perguntar todo esbaforido: “DELEGADA, A SENHORA TÁ BÊBADA?”. Preciso dizer que eu caí desesperadamente na gargalhada nesse momento? Nossa heroína teve a identidade revelada no auge de sua liberação-verbal-da-intensa-necessidade-de-atividades-do-coito que a afligiam naquele momento. Foda-se, achei engraçado e ri mesmo. Alto, por sinal.
Não contente, após esse vexame, ela começou a molestar sexualmente o taxista (que era um gostosinho, mas ficar apertando o pau do cara foi sacanági). Fato esse que só descobrimos quando o pilantra abriu o cinto, provavelmente para facilitar o trabalho manual que estava sendo realizado pela moça sentada atrás dele. Ao perceber o que ocorria ali, demos um berro, eu agarrei a mão da maluca, que ria feito uma pomba gira possuída, e a proibi de se mexer.
E não é que no fim todos sofremos e pagamos devidamente nossos pecados? A Delegada de Olinda simplesmente vomitou o táxi inteirinho – bem feito pro filho-da-puta do motorista que facilitou os afagos de uma trêbada no seu pinto -, respingando boa parte da secreção estomacal em mim (pobre de mim!) – bem feito para mim, que fiquei rindo compulsivamente após a revelação da identidade secreta da delegada.
Mas é claro que no dia seguinte ela não lembrava de nadica de nada. Para nós, ficou claro que aquele ser não era ela, era a materialização do capiroto encarnado em seu pobre corpo embriagado. Ainda assim, não acostumada com as sacanágis da vida, ela se sentiu tão mal que não saiu com a gente nem mais um diazinho sequer. Pena. Poderia ter aproveitado muito mais.
E é por isso que eu digo, meus caros. Enrustição, não. Liberação total de seu furor pélvico contido, sim! Mas sem faltar o respeito com o outro, é claro. Nada de sair fazendo quibe no pintinho dos moços ou bolinar a pepeca das moças sem permissão. Mas estando tudo liberado, o importante é ser feliz. E viva o carnaval de Olinda.
Sendo assim, nada mais junto do que usar minha folia carnavalesca como gancho para contar um singelo episódio que apresenta singular moral da história: “A enrustição não leva ninguém a nada, posto que, em algum momento, a necessidade de movimentos pélvicos vai despertar coceiras em todos os seus orifícios, sejam anais, bucais, vaginais, narebais e afins”. E você, acostumada (o) a ser exemplo de puritanismo, vai degustar de um momento especial de total insanidade e perversão sexual. E o pior (para você, porque eu acho essas situações divertidíssimas), isso vai acontecer no meio de um monte de gente, o que pode te fazer acordar em crise existencial como jamais tiveras antes. É por isso que eu adoro ressacas morais. Nos outros, é claro.
Pois eis que juntei minhas tralhas, meti o pé da cidade maravilhosa e fui fazer pegação junto aos bonecos de Olinda. Cocotinha antiga da pista como sou, ninguém esperava de mim menos do que fiz. Beijei uns desconhecidos gateréssimos e não deixei sequer qualquer tipo de possibilidade para novo encontro. E também não copulei com ninguém, posto que eu não estava a fim de liberar minha refinada flor do campo para desconhecidos no meio da rua. Logo, eu jamais seria alvo de um post carnavalesco nesse blog. Então, vamos logo ao que interessa, já estou há três parágrafos falando meia dúzia de merda e ainda não entrei no tópico principal dessa fábula, que não tem nada a ver com a-vida-com-ela-realmente-é (ah-ha).
A delega
Eis que fui apresentada a uma jovem senhora, mulher madura, bonita, recém separada de um relacionamento de anos. A pobre entrou em depressão, fez tratamento psicológico e, apenas agora, meses após o pé na bunda, começou a se recuperar da dor de corno que a possuia ardorosamente. Super discreta e recatada, ela quase não bebe e, segundo uma de suas amigas, também não pegava ninguém diferente há anos. Mas aaaaaaaaah, não. Não poderíamos deixa passar em branco a oportunidade dessa pobre curtir seu primeiro carnaval mais soltinha do que arroz Tio João.
Eu, em companhia de dois filhotes de mal (para não dizer espíritos desprovidos de luz superior), levei essa moça para as famosas ladeiras de Olinda, na intenção de que ela fizesse uma pegaçãozinha básica, nada de mais, sabe qual é? Só pra abrir espaço na aglomeração de teias de aranha entranhadas na boca. Levando em consideração que ela é nada mais nada menos do que uma delegada com um posto pica das galáxias no sudeste, boba que não é, colocou um boné e óculos escuros para não ser reconhecida nas vielas escuras da vida carnavalesca.
E foi aí que começou
Para variar um pouco, comecei a encher o pote insanamente com minhas consortes, e a delegada que estava na vibe, inventou de acompanhar a gente.... ai, papai. Não demorou muito para que, em vez de dar uns beijinhos em um aqui, outro ali, ela simplesmente começasse a enfiar língua na boca de geraaaaaaaaaaal que visse pela frente. Enquanto ela estava só agarrando os moços feito uma taradona no cio (e não queria saber se estavam acompanhados ou sozinhos), tudo bem, ainda estava tranquilo.
A merda foi quando a louca simplesmente começou a bolinar o órgão sexual-peniano-masculino de tudo que é macho que via pela frente, praticamente transformando as chapeletas desconhecidas em um quibe no processo de preparo. Papai, tensão total. Em um dado momento, um dos rapazotes sexualmente molestados por ela, cheio de dor no pintinho recém-apertado, gritou: “Rapariga da porra!”. Adoro as nomenclaturas nordestinas. Faltou pouco para eu ouvir o adjetivo “rameira” ou “meretriz”. Sensacional. A Delegada de Olinda apertou a-cobra-que-cospe-sabão de geral, trocou saliva com todo mundo e mais um pouco e, por sorte, passou desapercebida com seu disfarce na linha Clark Kant.
Ela quase se safou
Eis que cansadas, resolvemos partir para casa, descer as ladeiras de Olinda em busca de um táxi para, enfim, abraçar nossas camas após um animado dia de folia. E não é que não contente em ter feito a pegação que entrará para os anais da história de Pernambuco, a porra da delegada doidona me começou a gesticular e berrar na rua já vazia, feito uma louca: “Eu quero roooooooooooooola! Não tem uma roooooooooooooola aquiiiiiiiii! Eu quero uma roooooooooooooooola bem graaaaaaaande!”. Uma insana.
Mas não pensem que a graça foi essa. A graça foi ver um engraçado vir correndo em nossa direção, assustado com tão adorável discurso (ou seja, chocado com a situação), para perguntar todo esbaforido: “DELEGADA, A SENHORA TÁ BÊBADA?”. Preciso dizer que eu caí desesperadamente na gargalhada nesse momento? Nossa heroína teve a identidade revelada no auge de sua liberação-verbal-da-intensa-necessidade-de-atividades-do-coito que a afligiam naquele momento. Foda-se, achei engraçado e ri mesmo. Alto, por sinal.
Não contente, após esse vexame, ela começou a molestar sexualmente o taxista (que era um gostosinho, mas ficar apertando o pau do cara foi sacanági). Fato esse que só descobrimos quando o pilantra abriu o cinto, provavelmente para facilitar o trabalho manual que estava sendo realizado pela moça sentada atrás dele. Ao perceber o que ocorria ali, demos um berro, eu agarrei a mão da maluca, que ria feito uma pomba gira possuída, e a proibi de se mexer.
E não é que no fim todos sofremos e pagamos devidamente nossos pecados? A Delegada de Olinda simplesmente vomitou o táxi inteirinho – bem feito pro filho-da-puta do motorista que facilitou os afagos de uma trêbada no seu pinto -, respingando boa parte da secreção estomacal em mim (pobre de mim!) – bem feito para mim, que fiquei rindo compulsivamente após a revelação da identidade secreta da delegada.
Mas é claro que no dia seguinte ela não lembrava de nadica de nada. Para nós, ficou claro que aquele ser não era ela, era a materialização do capiroto encarnado em seu pobre corpo embriagado. Ainda assim, não acostumada com as sacanágis da vida, ela se sentiu tão mal que não saiu com a gente nem mais um diazinho sequer. Pena. Poderia ter aproveitado muito mais.
E é por isso que eu digo, meus caros. Enrustição, não. Liberação total de seu furor pélvico contido, sim! Mas sem faltar o respeito com o outro, é claro. Nada de sair fazendo quibe no pintinho dos moços ou bolinar a pepeca das moças sem permissão. Mas estando tudo liberado, o importante é ser feliz. E viva o carnaval de Olinda.
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Áhh, que fofo você comentar!!!