Peguei minha roupa e perdi meu corpo, enquanto a fruta que comia caía no chão. Gritava sem voz entre surdos que andavam a esmo, chutando para longe minha existência. Chorava um rio amargo e sujo, enquanto beijava a sombra de um amor que já não estava mais.
Nesse dia, o verão teve céu branco. Nem azul, nem cinza. O céu estava branco, e eu estava vermelha de tanto gritar para ninguém. A vista se perdia entre os planos também perdidos. No dia em que eu não existi, eu me senti miseravelmente viva.
17 de fev. de 2011
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Simplesmente lindo
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