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29 de jun. de 2011

Desvendando a psique masculina

Introdução
Vivemos em uma sociedade machista. Não apresente negativas diante dessa afirmação. Sim, nós vivemos. E não pensem que esse discurso é apenas uma conclusão de meu total achismo. Não, não. Muito menos um reflexo de minhas aspirações racionalistas, ode a Descartes e Spinoza. Apresentarei dados irrefutáveis nesse estudo. Minha declaração nada mais é do que resultado de uma investigação impírica imposta a mim, por essa malfadada existência. Pois vamos lá.

Referências
Durante um diálogo com meu primo, ele disse que homem algum namora uma mulher que faz sexo, assim, logo na primeira saída. Eis que, após tal revelação, ele teve a audácia de dizer que eu seria largada por qualquer cara com quem eu ficasse, depois que ele “conseguisse o que queria de mim”. Como se eu fosse uma virgem que tem como missão na Terra resguardar a intocada vagina. Em primeiro lugar, após ouvir aquele absurdo, eu gargalhei, é claro. E antes que eu pudesse dar minha resposta, ouvi uma adorável observação de minha prima.


“Meu marido disse que se eu tivesse dado para ele de primeira (vejam bem que, nesse caso, o verbo dar, conjugado no subjuntivo pretérito mais-que-perfeito composto, tem como conotação a concretização do ato do coito – anal ou vaginal, tanto faz), ele não teria namorado comigo. Mas eu só não dei para ele porque ele não pediu. Se ele tivesse me convidado para ir ao motel, eu com certeza teria aceitado”, declarou a moçoila casada, mãe de dois adoráveis pimpolhos.

Eis que sua bombástica declaração me levou a uma conclusão: os homens (babacas, é claro) são machistas, mas tão machistas, que se eles têm a pretensão de namorar uma mulher, eles não vão tentar fazer um sexo gostoso com elas de cara. E por quê? Porque sabem que a rapariga pode aceitar, logo, ela carregará para sempre o estigma “se ela me deu de primeira, ela faz isso com tudo mundo”. O machão portador de um pênis molenga jamais vai raciocinar algo do tipo “Ela gostou tanto de mim, que quis fazer sexo comigo de cara. Legal!”. Ah-há. Poucos são os que atingem o ápice de sua maturidade, nos deleitando com destemida reflexão.

Pesquisa de campo
Deixem-me explicar como cheguei a essa conclusão. Um dia desses, conheci um rapaz. Garoto legal. Dei uns beijinhos, mas confesso que ele não despertou em mim “a coisa”. Porém, ele se mostrou muito interessado, ficou me procurando e, considerando que eu estava há um mês sem dar, pensei: “vai ser com ele mesmo”. Mas vejam bem, leitores, o que de fato ocorreu.

Ele ficava com uns papinhos de moço romântico e meio apaixonado, que em geral, atribuo à total canalhice de um pilantra que tem como único objetivo degustar momentos ímpares de contato com minha flor. Mas eis o paradoxo da questão. O engraçado não tentou me comer. Nada. Preciso ser sincera. Apesar de ser um amor de pessoa, o único sentimento que ele despertou em mim foi o “enfim, vou fazer sexo”. E para não iludir o rapaz, eu simplesmente me desviava de suas investidas em que reinavam a demonstração de afeto sincero.

Não pensem que sou uma vaca fria. Jamais. Eu ficaria muito feliz se o sentimento fosse recíproco. Infelizmente, não era. E, ao perceber isso, o que ele sensatamente fez? Meteu o pé. E o que, muito burramente, ele não fez? Sexo comigo. Foi a primeira vez, em toda minha vida, que um cara ficou comigo e não tentou fazer sexo. Logo, segundo minha metodologia epistemológica, sou obrigada a concluir que ele desejava casar e ter filhos com esta que vos escreve.

Conclusão
É o seguinte, rapazes: se vocês estiverem interessados em uma mulher, tentem fazer sexo com elas. Uma amiga minha, renomada doutora em sociologia, chegou a dizer: “Mas ele não tentou nada porque ele te respeita”. E eu, com meu mero diploma de graduação e grandes esforços de ingresso no mestrado, respondi: “E desde quando sexo é falta de respeito???”. Falta de respeito vai ser se o cara ficar insistindo depois de a mulher dizer que não quer. Afinal, cada uma tem seu tempo, vamos respeitar.

E se o seu tempo for igual ao meu, tipo assim, “Gostei muito dele, vou dar hoje e foda-se”, querida, não se reprima com pensamentos limitados do tipo, “o que ele vai pensar de mim”? Afinal, é isso que você quer para a sua vida? Um babaca que pensa que você é uma vagabunda-dadeira-sem-critérios, só porque você sentiu desejo por ele e não teve vergonha disso? Ah, vá, poupe-me.

Pois eis que essa foi a resposta que dei ao meu primo, na questão exposta acima: Se o cara for tão imbecil a ponto de me julgar mal porque eu dei para ele de primeira, com certeza ELE não é tipo de pessoa com quem eu namoraria. Dou mesmo e ponto final.

4 comentários:

  1. Quer dar , dá. O que não dá é para ficar na vontade e o reencontro nunca acontecer. Aproveite, se esbalde. Jogue na mão do destino. Mas se preferir, pense da seguinte forma: se você gostar e ele também, será um relacionamento sem aquele sentimento do 'quando vai acontecer' e sem a possibilidade de você se apaixonar e o cara ser um bosta na hora do 'vamu vê'. Se isso acontecer, como faz? O melhor é saber logo se gosta da fruta e se é aquele sabor mesmo que você tanto procura. Se é pra sempre, não há como prever, mas será uma delícia enquanto durar, mesmo que seja por uma noite.

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  2. Qualquer coisa que valha a pena, mesmo com uma duração porcaria, já fica de muito bom tamanho. Afinal, oq é o tempo, quando o que vale mesmo é a intensidade dos acontecimentos?

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  3. Eu sou sua fã, Piña! Quero ser assim quando crescer!!!

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  4. Gatinha, ñ espere crescer. Comece de agora ;)

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Áhh, que fofo você comentar!!!