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3 de set. de 2011

Déjà vu



A coberta já estava quentinha quando ele veio devagar, na surdina. Não saiu deitando ou pulando em cima. Pela parte baixa da cama, sinto um vento frio nos pés, achei que tinha descoberto pelo mexer do sono. 

Ainda sonolenta, um toque de mãos levemente sobe pelas minhas pernas. Uma respiração lenta. Parte do rosto dele encosta em mim, beijos e carícias. Excitação. E nem chegou no joelho...

Vejo a lua do lado de fora. Lua cheia. Viro e observo as estrelas. Pelos arrepiados. Rosto quente. Uma certa tontura. Lágrimas escorrem pelo rosto e molham o travesseiro. Insônia. Aquela sensação voltava a tomar conta de mim. Levanto, olho para a porta. Esperança de um déjà vu.

Água. Janela. Ligo a TV. Sofá. Mais água. Os dias não passam.

Volto. Fecho os olhos. Mentalizo: vem de novo e termina o que começou. Nada. Tem que ser espontâneo. Vira. Desvira. A mão desce pelo corpo desejando o calor dele. Não é a mesma coisa. Acredito.

Pense positivo. Solte a imaginação. Acredite de verdade. Fato. Retorne. Encontre o ponto exato: do início daquele toque ao sorriso de cansaço, satisfação e felicidade. Volte a dormir esperando o amanhã.

O amanhã...

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