Ela vivia pintando o cabelo. Bebia muito, adorava fazer escândalo. Suas risadas eram muito altas, sem querer acabava chamando a atenção. Tudo era exagerado. Tinha o péssimo habito de falar demais. Teimosa ao extremo. Chorava muito. Por pouca coisa.
Tinha crises depressivas, alternadas por súbito bom humor. Nunca sabia o que queria, estava sempre em dúvida de tudo. Vivia perdendo suas coisas. Vivia cansada de tudo. Vivia querendo muito mais do que poderia ter. E para compensar toda essa falta, ela enlouquecia por aí.
Então, perguntaram:
- Você acha que se apaixonariam por alguém assim?
- Eu detestaria ser o tipo de menina apaixonável.
- Menina apaixonável?
- Sim. Aquela que todo mundo acha “a menina perfeita”, que todo mundo se encanta e acaba se comprometendo, porque ela sim é uma menina legal, que vale a pena.
- Sinceramente, eu não te entendo.
- Eu não quero alguém que fique feliz e diga “estou apaixonado por aquela mulher”. Quero alguém que se desespere ao constatar “puta que o pariu, não vai ter jeito, estou apaixonado pela maluca daquela mulher”. Se não for para me amar assim, não tem graça.
Muita gente dizia que ela era louca.
Adorei!!!
ResponderExcluirfantastico! ainda espero seu livro! rsrs
ResponderExcluirAconteceu comigo.
ResponderExcluirÉ, meninas... fatos da vida
ResponderExcluirEm cheio... a loucura é um grande atrativo para a paixão. Somos todas loucas e incompreensíveis.
ResponderExcluiradorável loucura!!!
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