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20 de abr. de 2012

Embriagados


Começo este post com uma das grandes filosofias nascidas no boteco: "Sou aquele vinho caro que você não sabe degustar porque só está acostumado com pinga barata". Li isso e fiquei pensando se era o vinho caro ou a pinga barata. Na verdade eu gostaria de ter o gosto que melhor agrade e embriague de vez, sem dó, sem remorso. Talvez uma mistura dos dois, um vinho barato.

Quase toda bebedeira tem um fundo de paixão e uma possível causa: o amor. Aqui não é diferente, e a vã filosofia em destaque também não. Mas tem os 'poréns'.

Se fosse um vinho caro, você degustaria uma vez, não teria ressaca, se lembraria de mim, mas nem saberia dizer meu nome, só quanto custou para beber. Do outro lado, uma pinga barata você só consegue beber misturando com outras bebidas. Eu odeio ser dividida, quero por inteiro. Assim, na dúvida sobre o que é melhor para mim ou para você, fique com o meio termo.

Quero ser o vinho barato para embriagar os sentidos, causar calor e calafrios ao amanhecer. Quero que sua visão fique turva e que na sua frente só a minha silhueta apareça e você lembre de mim, seja lá com quem esteja.

Ao deliciar-se comigo, você terá certeza de uma noite mal dormida, mas aproveitada como nunca e uma ressaca certa. Noite barata, noite divertida, noite do jeito que você quer se seja. Entre taças e mais taças, os goles serão cada vez mais enérgicos e, ao amanhecer, serei dona da sua mente e do seu corpo.

E quando a ressaca chegar e você jurar que nunca mais irá beber-me, saberá no fundo que me deseja como nunca, só não consegue naquele momento.

Então, da próxima vez, diga, sem medo: "desce um vinho barato, por favor!". Tim tim.



Um comentário:

Áhh, que fofo você comentar!!!