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9 de set. de 2011

pseudo-loucura


Ela vivia pintando o cabelo. Bebia muito, adorava fazer escândalo. Suas risadas eram muito altas, sem querer acabava chamando a atenção. Tudo era exagerado. Tinha o péssimo habito de falar demais. Teimosa ao extremo. Chorava muito. Por pouca coisa.

Tinha crises depressivas, alternadas por súbito bom humor. Nunca sabia o que queria, estava sempre em dúvida de tudo. Vivia perdendo suas coisas. Vivia cansada de tudo. Vivia querendo muito mais do que poderia ter. E para compensar toda essa falta, ela enlouquecia por aí.

Então, perguntaram:
- Você acha que se apaixonariam por alguém assim?
- Eu detestaria ser o tipo de menina apaixonável.
- Menina apaixonável?
- Sim. Aquela que todo mundo acha “a menina perfeita”, que todo mundo se encanta e acaba se comprometendo, porque ela sim é uma menina legal, que vale a pena.
- Sinceramente, eu não te entendo.
- Eu não quero alguém que fique feliz e diga “estou apaixonado por aquela mulher”. Quero alguém que se desespere ao constatar “puta que o pariu, não vai ter jeito, estou apaixonado pela maluca daquela mulher”. Se não for para me amar assim, não tem graça.

Muita gente dizia que ela era louca.

6 comentários:

Áhh, que fofo você comentar!!!