Em um desses meus momentos de reflexão sobre os mistérios da vida, comecei a pensar sobre quais são os critérios para as tão aclamadas premiações. Pois vejam bem, meus caros, o que leva uma pessoa a receber um Oscar, um Nobel, ou sei lá mais quantos prêmios? Bem, antes de fazer qualquer uma de minhas divagações sobre quem merece o quê, deixe-me explicar o porquê da indagação.
Não, não estou em um daqueles momentos de crise existencial, ressaca moral, ou a propriamente dita TPM, comum a todas nós, fêmeas sofridas. É que eu acabei de ler A mulher que escreveu a Bíblia. Vamos lá, o livro não foi nada mais do que escrito pelo imortal Moacyr Scliar, ganhou o troféu Jabuti e ainda foi adaptado para o teatro – a peça concorreu ao prêmio Shell. Currículo esse que, no mínimo, me fez pensar estar diante de um primor literário, certo? Errado. O livro é uma boa de uma merda.
Em primeiro lugar, o estilo literário é, por assim dizer, de maneira bem vulgar, muito escroto. Ora é utilizada uma linguagem nos padrões bíblicos, ora são empregados termos chulos e absurdamente contemporâneos. Nada contra um ou outro. Mas se o intuito era fazer um experimento ao mesclar duas linguagens opostas, o resultado foi um texto completamente tosco.
Nem vou citar o uso abusivo dos dois pontos (:) ou da palavra “agora”. Puta que o pariu, que coisa mais irritante. Não vou questionar referências completamente desconhecidas para um narrador da época, como breafing, big-bang, entre outros. Também não vou falar de diálogos absurdos, como o de um pai com sua jovem infanta, que se resume a algo mais ou menos do tipo: “O seu marido já te comeu?”. Não creio que há 3000 anos um patriarca falaria tal gracinha. Aí, vocês vão me dizer, “ah, mas e a liberdade poética, a criatividade literária e blá-blá-blá???”. Definitivamente, não se enquadram no contexto do texto.
O único ponto alto do livro, ou melhor dizendo, o único ponto que prestava e intitulou o livro, foi porcamente trabalhado: uma interpretação diferente da Bíblia que, vamos convir, me desculpem os religiosos, é uma bela de uma história da carochinha. Enfim... A parte crítica, que humildemente é a que considero a mais importante, praticamente não foi abordada, brochando completamente meu ânimo.
O fodão
Se alguém quiser ler um romance que de fato apresente uma nova interpretação da Bíblia, procure Saramago. Esse é o pica das galáxias. Quem dera ainda fosse vivo... Faria eu uma campanha na ciberesfera, para que ele me permitisse lascar um beijão naquela boca sábia e murcha. Ele mereceu MESMO aquele Nobel da literatura – mas mais uma vez digo que, prêmio por prêmio, para mim de nada vale, porque gosto é igual a cu, e esses critérios são subjetivos demais para o meu amargurado ser.
Voltando a Saramago... Em O Evangelho Segundo Jesus Cristo, ele dá um verdadeiro show ao questionar os mandos e desmandos do tão poderoso Deus cristão, com um sacarmos tão refinado quanto poético. Aquilo é uma obra prima. Em Caim, ele esculhamba a porra toda e arranca gargalhadas com a sua versão do Antigo Testamento. Sensacional, o cara é o rei.
Mas há quem diga coisas do tipo “Como??? José Saramago é um chato, prefiro mil vezes Sidney Sheldon. Eu tenho todos os livros dele! Ah, para!!! Vai dizer que os livros dele são uma porcaria??? Pois fique você sabendo que o Sidney já ganhou até o Oscar!!!”.
Sidney Sheldon, puta que o pariu... Por isso que eu digo que essa história de “fulano de tal já foi premiado” é a maior pegadinha. Porque, repetindo, gosto é igual a cu. Vamos apenas respeitar – juro que tento – os diferentes fãs dos Saramagos e Sidneys e Moacires da vida. E boa leitura.
Não, não estou em um daqueles momentos de crise existencial, ressaca moral, ou a propriamente dita TPM, comum a todas nós, fêmeas sofridas. É que eu acabei de ler A mulher que escreveu a Bíblia. Vamos lá, o livro não foi nada mais do que escrito pelo imortal Moacyr Scliar, ganhou o troféu Jabuti e ainda foi adaptado para o teatro – a peça concorreu ao prêmio Shell. Currículo esse que, no mínimo, me fez pensar estar diante de um primor literário, certo? Errado. O livro é uma boa de uma merda.
Em primeiro lugar, o estilo literário é, por assim dizer, de maneira bem vulgar, muito escroto. Ora é utilizada uma linguagem nos padrões bíblicos, ora são empregados termos chulos e absurdamente contemporâneos. Nada contra um ou outro. Mas se o intuito era fazer um experimento ao mesclar duas linguagens opostas, o resultado foi um texto completamente tosco.
Nem vou citar o uso abusivo dos dois pontos (:) ou da palavra “agora”. Puta que o pariu, que coisa mais irritante. Não vou questionar referências completamente desconhecidas para um narrador da época, como breafing, big-bang, entre outros. Também não vou falar de diálogos absurdos, como o de um pai com sua jovem infanta, que se resume a algo mais ou menos do tipo: “O seu marido já te comeu?”. Não creio que há 3000 anos um patriarca falaria tal gracinha. Aí, vocês vão me dizer, “ah, mas e a liberdade poética, a criatividade literária e blá-blá-blá???”. Definitivamente, não se enquadram no contexto do texto.
O único ponto alto do livro, ou melhor dizendo, o único ponto que prestava e intitulou o livro, foi porcamente trabalhado: uma interpretação diferente da Bíblia que, vamos convir, me desculpem os religiosos, é uma bela de uma história da carochinha. Enfim... A parte crítica, que humildemente é a que considero a mais importante, praticamente não foi abordada, brochando completamente meu ânimo.
O fodão
Se alguém quiser ler um romance que de fato apresente uma nova interpretação da Bíblia, procure Saramago. Esse é o pica das galáxias. Quem dera ainda fosse vivo... Faria eu uma campanha na ciberesfera, para que ele me permitisse lascar um beijão naquela boca sábia e murcha. Ele mereceu MESMO aquele Nobel da literatura – mas mais uma vez digo que, prêmio por prêmio, para mim de nada vale, porque gosto é igual a cu, e esses critérios são subjetivos demais para o meu amargurado ser.
Voltando a Saramago... Em O Evangelho Segundo Jesus Cristo, ele dá um verdadeiro show ao questionar os mandos e desmandos do tão poderoso Deus cristão, com um sacarmos tão refinado quanto poético. Aquilo é uma obra prima. Em Caim, ele esculhamba a porra toda e arranca gargalhadas com a sua versão do Antigo Testamento. Sensacional, o cara é o rei.
Mas há quem diga coisas do tipo “Como??? José Saramago é um chato, prefiro mil vezes Sidney Sheldon. Eu tenho todos os livros dele! Ah, para!!! Vai dizer que os livros dele são uma porcaria??? Pois fique você sabendo que o Sidney já ganhou até o Oscar!!!”.
Sidney Sheldon, puta que o pariu... Por isso que eu digo que essa história de “fulano de tal já foi premiado” é a maior pegadinha. Porque, repetindo, gosto é igual a cu. Vamos apenas respeitar – juro que tento – os diferentes fãs dos Saramagos e Sidneys e Moacires da vida. E boa leitura.
Pois é, importante é que se leia e que se tenha SENSO crítico sempre.
ResponderExcluirbeijos!
Viva a liberdade de expressão! Queria ver falar essas coisas com o AI-5 arriando nossas calças, rs.
ResponderExcluirse arriassem minhas calças, já estaria de bom tamanho! rsrsrs
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