Era de uns 30 e poucos anos. Careca. Gordo. CAGALHÃO. Como quem come um mundo de podridão, todos os dias, J. assinava as tardes entediantes, com o fedor insuportável de merda socada do cu.
Bosta robusta, daquelas que só diabo solta do inferno quando despeja no mundo desgraças e detritos funestos.
Antes mesmo de bater na água a merda já fétida, ecoava pelos quatro cantos do reto.
E as mentes das máquinas se confundiam ao primeiro filete de sentido agudo do cheiro.
Quando tocava no ar, era agoniante para olfato e paladar das bocas que se calavam em peso. O cheiro de tão forte se transformava em gosto, e o desgosto da vida era carimbado na língua pesada e castigada.
Não importava o clima, se quente, frio ou morno, ou gelado, a bosta vinha e com intensa anomalia fervente, rasgando a tranqüilidade nasal das máquinas do salão amarronzado.
E depois passava ele, pesado e leve, sério, mal humorado e gordo. Cagalhão por natureza e destreza. Destruindo a bondade do ar, transformando tédio em desespero nas tardes de todo santo dia.
bela merda!
ResponderExcluirTu se amarra nessas paradas, né?! porcalhona!!!
ResponderExcluirpior coisa é gente q não entende de poesia escatológica.
ResponderExcluirEste teu texto põe o Glauco Matoso e o Bucowski no bolso...
ResponderExcluirPara perfumar teu post, trago o Manifesto Coprofágico, do Glauco Matoso.
E dá-lhe Bom Ar...(rs)
MANIFESTO COPROFÁGICO
Mierda que te quiero mierda
Garcia Loca
a merda na latrina
daquele bar de esquina
tem cheiro de batina
de botina
de rotina
de oficina gasolina sabatina
e serpentina
bosta com vitamina
cocô com cocaína
merda de mordomia de propina
de hemorróida e purpurina
merda de gente fina
da rua francisca miquelina
da vila leopoldina
de Teresina de santa Catarina
e da argentina
merda comunitária cosmopolita e clandestina
merda métrica palindrômica alexandrina
ó merda com teu mar de urina
com teu céu de fedentina
tu és meu continente terra fecunda onde germina
minha independência minha indisciplina
és avessa foste cagada da vagina
da américa latina
(do Jornal Dobrabil)
rico, vc sempre me botando pra cima, quem me dera a técnica do buco e a podridão do glauco que é um ícone pra mim. já leu manual do podolatra dele?
ResponderExcluiré sensa. faz vc ficar com tanto nojo que é poético.
amei esse, já conhecia!
obrigada! beijos!