E se você não se expusesse tanto?
Leu a pergunta num outdoor raspado na auto-estrada. Quis se questionar, mas precisava estar atento ao tráfego das curvas sinuosas. Pensou no último tweet que havia postado minutos antes de ler a frase questionadora. “Acabo de ver minha vizinha chupando um cara na BR 101”. O tweet, claro, era tão insignificante quanto o sexo imoral, e mais insignificante ainda que o anseio de revelar-se, dia a pós dia no balé concupiscente da mediocridade virtual do real, que só refletia o que de fato vivia. Embora soubesse disso, quis twittar sobre o acontecido.
o virtual se torna cada vez mais uma visão pálida e distorcida do que tentamos entender como realidade; e insistimos em aparecer cada vez mais. Guy Debord enxergou a Internet antes dela se tornar um meio de comunicação de massa, sensacional.
ResponderExcluirO autor de "A sociedade do Espetáculo" já antevia as coisas.
ResponderExcluirAssim como Jean Baudrillard e seu simulacro e, também, Zigmunt Baumman e sua dissecação da modernidade, vemos quase romper-se as fronteiras entre o real e o virtual, entre o público e o privado.
Parece criar-se uma virturealidade...
Beijão.
Ricardo Mainieri
ric.
ResponderExcluirsaudades de vc aqui com seus coments significativos e relevantéeerrimos.
beijos!