Vivo uma solidão morna. Tão cor de nada, que já me acostumei com o preto e branco. Minha boca não tem gosto. Nem amargo, nem doce ou azedo. Só o nada da saliva que insisto em engolir, na esperança de um sabor qualquer. Todos os dias, quando acordo, não tenho em quem ou em quê pensar. E meus pensamentos saem se perdendo por aí. Sempre param em lugares que não deveriam, manter a mente ordenada é um esforço constante. Mas tudo em mim é inconstante. Inconstante demais para ser notado. E fico vagando por aí, sem sentir cheiro algum. Os dias são sempre simples demais. Grito? Um grito interno. Quem sabe esse berro me faça explodir. Mas não há barulho quando ninguém escuta. Nem vou me dar a esse trabalho. Minha essência é sutil demais para que eu perca tempo com pessoas pouco inteligentes. Ainda assim, eu perco. E isso acaba comigo. Incomoda quando todo mundo olha, mas ninguém vê. Sou difícil demais de achar, fácil demais de perder. De mim mesma.
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Uma reflexão de si aparentemente pessimista, mas ao fim percebe-se o contrário, um valorizar o fato de ser diferente e única como é.
ResponderExcluirBeijos.
A solidão metropolitana. De ser um sujeito na multidão que disputa cada palmo de calçada, cada metro de rua, cada lugar na fila.
ResponderExcluirMas, dentro temos todo um universo que repartimos.
Em crônicas, poesias, memórias. Somos importantes para poucos, mas estes poucos são especiais.
Beijão.
Ricardo Mainieri
vida!!
ResponderExcluirsomos assim em um todo, estamos acompanhados de 1 milhão de pessoas, porém sempre sós e assim caminhamos nesta jornada com conflitos paranóicos externos e internos.
Mas quero q saiba q você nunca estará só, pq no meio de tanta solidão sempre estaremos aqui te apoiando independente de qualquer surto bipolar q você tenha!
Pelo bem ou pelo mal estou aqui, você querendo ou não, pq sou dessas! rsrs
Te amo minha vida