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23 de nov. de 2010

Blindex – O mito (Capítulo final)


No dia seguinte ao fatídico evento, em que um contrato de P.A. (Pau Amigo) foi estipulado, meu sócio foi me buscar at home. O carnaval estava próximo e a folia carioca bombava nos blocos do Rio de Janeiro. Todos os amigos estavam presentes. No auge de minha felicidade, não contente em brindar minhas já conhecidas homéricas estripulias à-la-mode-tradicional, ou seja, consumindo uma leve cevada, inventei de beber tequila.

O problema é que não tinha sal, não tinha limão, não tinha sequer um recipiente adequado para depositar o líquido etílico. E lá fui eu, encher um copo plástico com a suntuosa bebida, para virar tudinho de uma vez, num braço só. Acabou o bloco, fomos para uma festa, e eu continuei bebendo. Acabou a festa, nós fomos para outra festa, e eu ainda bebendo. Essa última, na casa de um grande amigo nosso, que por já ter sido citado em alguns posts aqui, merece ser nomeado. Como ele é o ser mais sujo e transante que conheço nesse mundo mundano, o alcunharei de El Copulador.

Bem, admito que quando cheguei à casa de El Copulador, já não era detentora de minhas plenas faculdades mentais. Lembro apenas que alguns dos cachaceiros e cachaceiras que passaram o adorável dia conosco iam dormir no recinto. Nesse ínterim, eu estava no quarto batendo um animoso papo com uma jovem loira gostosona, que era a fudeca do dia de El Copulador. Depois disso, a lembrança que eu tenho em minha mente é: eu, no banheiro de El Copulador, concretizando o contrato com meu P.A. – ou seja, dando freneticamente -, ao que, em uma manobra sexual sem sucesso, dei de cara com a porta do Blindex.

PÁH! SHIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII! Esse foi o som que embalou nossa primeira noite de intenso amor. O vidro quebrou todinho em cima da gente, o que causou pomposas escoriações em nosso corpo. Foi um banho de sangue. A loira gostosona, já dormindo, ouviu o barulho e entrou em desespero, achando que havíamos morrido lá dentro. Já El Copulador, muito preocupado com nossa saúde, sequer abriu os olhos, apesar do estrondo que foi ouvido pela casa toda, e se limitou a dizer um singelo “eles estão bem”, frase embargada em uma voz deveras sonolenta.

Meu amigo P.A., desejoso em dar uma explicação sobre o ocorrido, saiu pelado, de pau duro, com o braço todo ensanguentado, dizendo: “Quebramos o seu blindex”. Após, voltou para o banheiro e, apesar de o chão estar coberto de cacos de vidro, continuamos copulando sem parar. Não vou nem dizer que além do blindex, quase arrebentamos a pia, que também foi palco de nossas fanfarronices. Também nem vou citar que, como no dia anterior, eu ainda estava menstruada. E muito, diga-se de passagem.

Final da história: banheiro todo quebrado, marcas de sangue por todos os cantos, cacos de vidro espalhados pelo chão, pia com parafusos faltando, artigos de higiene todos fora do lugar. Imaginem uma digna cena de filme de terror. E como outros amigos – muito linguarudos – estavam presentes nesse peculiar dia, o Caso Blindex entrou para os anais da história, sendo até hoje comumente citado, quase um ano após o ocorrido. Inventaram musiquinha e tudo. E o pior... eu não me lembro de praticamente nada, mas nada mesmo, sequer faço ideia de como é que a gente foi parar no banheiro.

O que importa é que, depois disso, meu amigo P.A., que hoje se autodenomina Sr. Blindex, resolveu meus problemas várias outras vezes. Mas o mais impressionante, é que em TODAS essas vezes alguma merda estrondosa aconteceu. Foi um tal de capô de carro ficar todo amassado, velhinhos exigindo que parássemos de fornicar em público, sexo na porta da casa dos outros às 9hs da manhã... e apesar de tantas histórias toscas, nossa amizade em nada mudou.

Hoje, meninas, podem ficar tranquilas. Nossos órgãos vaginais e penianos não têm mais nenhum tipo de contato. Não temam com a minha presença, não vou mais surtar exigindo que ele me leve embora porque estou com muita vontade de dar, independente de ele estar acompanhado ou não. Nutro por esse distinto rapaz um amor gigante, ele é meu amigo de verdade. Só que, amizade por amizade, chega de sexo amigo, preciso tomar vergonha na cara e dar minha pepequinha para alguém que não esteja habituado às minhas crises bipolares.
E moral da história: Nós somos a prova concreta de que AMIGOS PODEM TRANSAR, SIM. Basta saber administrar o negócio direito.

5 comentários:

  1. AAAAAAAAAAAAAAAdorei!!! E concordo plenamente!!! Ja tinha ouvido a história do Blindex, mas saber na íntegra, contado diretamente pela protagonista, isso não tem preço!

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  2. Puts, TODO MUNDO já tinha ouvido... essa história parece mais uma carta de apresentação "seja bem vindo ao grupo" :P

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  3. kkkkkkkkkkkkkkk... Estou me acabando de rir, essas histórias de P.A sempre são as melhores.....kkkkkk

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  4. fico extremamente emocionado com a imensidão q tomou meus atos furnicadores.... to pensando em escrever um livro... as aventuras de El Copulador e Sr. Blindex! mas a senhora autora do texto acima esqueceu de comentar q qdo sai nu e de P. durim p/ falar com el c... a loira gostosona nao tirava o olho do meu p. rsssss
    Sr. Blindex

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  5. ATA(Amigos Também Transam).Eles ja tem varios trabalhos desenvolvidos...Da uma pesquisada!

    Adorei!

    Julio Rosa

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Áhh, que fofo você comentar!!!