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4 de nov. de 2010

Um quase ménage

Após relatar aqui o ménage que não rolou com meus estimados consortes, me ocorreu um fato peculiar. Fui fortemente impulsionada a quase cometer de verdade esse ato afetivo grupal, com direito a todos os tipos de sacanagens durante o coito. Porém, minha síndrome “sou Sandy” me obrigou a refutar o gentil – e quase forçado convite.

Deixe-me relatar o acontecido. Estava eu, como sempre, feliz e sorridente em uma festa, revelando meu corpinho escultural em um vestidinho bem curtinho, nos sobes e desces tão aclamados no populesco ritmo do funk carioca. Ao que uma amiga me chamou para dar uma leve requebrada ao lado dela e de seu viril parceiro. Normal. Lá fui eu, muito inocente, empinar minha humilde bundinha.

Dançamos horrores durante a noite toda enquanto ingeríamos líquidos de elevado teor etílico, no clima mundano das boates metropolitanas. Ao que na hora de ir embora, fiquei chocada com o tamanho da audácia do púbere pimpão. Com nós duas no carro, ele cismou porque cismou que ia entrar em um motel. E vocês acham que a namorada dele, a jovem por quem nutro um carinho puro e fraternal, se indignou com a situação??? Nãaao, senhores. Ela se escangalhava de rir, achando tudo muito engraçado.

Cara, pelo amor, não rolou sequer um amigável desenrolo para saber se eu toparia a tal da fornicação. Até porque, eles já deveriam imaginar que minha resposta seria um redondinho “não, muito obrigada, deixa para outra oportunidade”. Bem franca, muito mal eu estou transando com um só. Agora, imagina ceder meu corpinho assim, para duas pessoas? Minha última experiência sexual foi muito romanticazinha para eu levar tal choque assim, sem preparação psicológica alguma.

A situação intempestiva poderia ter me deixado revoltada, muito ofendida, mas a parada foi tão tosca, que não tinha como não cair na gargalhada. Até porque eu fiz questão de mostrar para todas as recepcionistas dos motéis que ele tentou adentrar que havia uma terceira pessoa presente no veículo automotor. E como sabemos, pelo menos oficialmente, três pessoas não são permitidas nesses aconchegantes esconderijos da paixão.

A negociação
Cara, aquele indigente bêbado tentava de tudo para convencer as recepcionistas a deixarem ele entrar com o carro. E não adiantava eu dizer que não ia dar para ele, muito menos deixar rolar uma pomposa briga de aranhas com minha amiga. Ele fingia que não me ouvia e usava os argumentos mais absurdos com as atenciosas senhoras que laboravam na entrada do recinto. “A gente só vai dormir, eu tô falando sério!” ou “quero uma suíte com piscina... a gente só quer fazer aula de hidroginástica!”. Eu juro, mas eu juro de verdade, que ele falou essas coisas. Agora, me diz... tinha como não passar mal de rir com isso?

Mas não é que teve uma espírito de porco que resolveu liberar a entrada? Aí foi minha hora de agir. Com meu jeito muito sutil de ser eu dei um pulo e berrei. “Nãaaaaaaaaao. Eu já falei que não vou entrar, não aceite o dinheiro dele”. Confesso que pareceu que eu estava à beira de um estupro e, de fato, se analisarmos friamente a situação, não faltou tanto assim, apesar do clima ter sido de pura descontração. E eu ainda acho minha vida monótona e sem sal... Putapariu, essas coisas só acontecem comigo mesmo.

Por fim, ele se convenceu que da minha pepequinha não sentiria nem o cheiro e resolveu me deixar em casa. Claro que para esse processo ser mais rápido, eu tive que ludibriar o rapazote, prometendo mundos e fundos, como uma viagem romântica à três, num inesquecível final de semana na costa de nosso animoso Rio de Janeiro. E o trouxa acreditou.

Para compensar, descontou todo o seu tesão reprimido em sua querida namorada, após meu delivery. Ele, que estava com disposição para duas, extrapolou tudo em uma só, ao que a pilantra conivente de minha amiga ficou toda assada no dia seguinte. Pois muito bem feito, aquilo foi castigo, por ela ter se aproveitando de minha inocência e me jogado naquela sacanagem em potencial, depois de eu já ter bebido cerveja, vodca e até champanhe. Ou seja: eu estava muy looouca de bêbada, com poucas condições de raciocínio.

Enfim, de minha parte, fica aqui apenas um reflexão. Não sou tão puritana, não vou dizer que a hipótese de uma surubinha seja totalmente descartável em minha vida. Mas ver o homem que eu amo comendo outra mulher, ah, mas isso não. Podem me chamar de moralista, de fresca, da porra toda. Mas quando o amor bate em meu peito, SOU EGOÍSTA, SIM. Essas coisas caóticas só são passíveis de experiência no ritmo da solteirice plena. Pelo menos para mim. Que me perdoem os casais liberais, nada contra. As casas se swing bombam exatamente graças a esse próspero negócio: o da junção-do-amor-livre-com-a-sacanagem-grupal.

Lição de moral do dia: Nunca mais entro sozinha e bêbada no carro de um casal de amigos, sem deixar bem claro antes que não darei para eles. Ou não.

6 comentários:

  1. ahahahhahahha
    vc é muito bizarra.
    salve, salve!

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  2. Nós homens carregamos, ainda, estas fantasias e a bebida ajuda a liberá-las.
    No entanto, tudo que não for consentido é estupro.Com todas as letras.
    Por isso, se a criatura estivesse a fim, teria de ser muito sedutora e cuidadosa na abordagem.
    Naturalmente, parece que não foi o caso...
    Reserve-se para coisa melhor. Vc. merece.

    Beijão.

    Ricardo Mainieri

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  3. Q palhaçada é essa?!?
    Tô passada!!
    Quem lhe ofereceu tal coisa ?!?
    Nem falo nada...
    Ass:Cátia flávia

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  4. ahahahahaahahah, to passando mal d rir amigaaaaa!!! Até hj o digníssimo acredita nessa viagem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

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Áhh, que fofo você comentar!!!