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21 de abr. de 2011

A busca


Ao longo da medíocre existência, derramou copos e mais copos de bebida, na esperança de se afogar em emoção qualquer. Se entorpecer a ponto de criar distância da inércia em que sempre viveu.

Sorriu e chorou muito. Mas quando percebeu que fez muito pouco, o pouco teimou em corroer o nada que dá razão à sua embriaguez.

Foi quando os copos e mais copos não mais adiantaram e decidiu buscar refúgio nela mesma. Mesmo as almas mais perturbadas precisam de uma pouco de paz e silêncio de vez em quando.

Mas o silêncio atenuou a solidão que sempre ressentiu. Ressentida com o barulho que por tanto tempo confortou seus ouvidos, mas nunca expressou qualquer som que para ela tivesse real sentido.

Apenas ocultaram os gritos surdos que nem mesmo ela percebia dar. Não percebia. Até agora.

Tudo sempre tão igual. Tão superficial. De concreto somente lágrimas que escorrem de seus olhos, que choram por não terem do quê chorar.

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