20 de abr. de 2011
Espelho
Sou e não sou
o oposto de mim mesma
uma mentira que se reinventa
sempre convertida em verdade
Sou a verdade
Sou a fraude mais verdadeira
a mais crua, a mais pura
o engano que esqueceu de enganar
a certeza que perdeu a razão
Sou o fruto do que deveria ser e não é
o resultado de uma equação infinita
tão indefinida, indecifrável, ilimitada
que do tudo que sou, não percebo nada em mim
Não enxergo referências
minhas crenças são tão minhas que se isolam
desse mundo tão mais falso do que eu
que me transforma na diferença que não se importa em ser julgada
Talvez eu acredite que não finja fingir me enganar
nos muitos eus que já nem sei
nas minhas verdades desencontradas
que já tanto escondi e revelei
Eu não minto
não sei ser outra coisa
além desse ser inconstante que é o que não é
que se perde entre máscaras criadas ou imaginadas...
Que não permitem que eu enxergue meu reflexo no espelho
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Arrasa, poetêra!
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