Sugira, critique, participe, contribua, toque uma, apareça!

mulheresqbebem@gmail.com

17 de abr. de 2011

Uma esquete familiar




Ao teatro com amor,


 Cenário: Um cenário mesmo, montado para um filme russo. Uma mãe máscula está na janela suja fumando um cubano.  Uma filha indefesa está do outro lado do palco, em pé, esperando uma ordem que dê algum sentido a sua vida monótona.


-Mamãe posso ir?

-Pode.

-Quantos passos?

-4 de quatro.

-De quatro mamãe?

-É, de quatro.

Ato 1: A menina se torna quadrúpede no ato lúdico da brincanagem.
 
Ato 2: A mãe de calça bag, chapéu e charuto na boca dá um tapinha na bundinha da filha.

-Filhinha.

-Oi mainha.

-Vou passar uma manteiguinha na sua cona linda.

-Manteiguinha mamãe?

-É môzinho, pra entrar bonitinho.

-Entrar o quê mainha?

-A pica d’ouro de mamãe, reluzente como o sol da meia noite.

-Meia noite não tem sol mamãe.

-É docinho, não tem sol, mas tem pirocona.

(Efeito sonoro: badaladas da meia noite ecoando)

-Mamãe, sabe... Imagino minha vida repleta de filosofias existencialistas, baseadas nas convenções astronômicas do Iluminismo. Também gosto das ideias niilistas, e das coisas que o Tarkovsky debate em seus filmes...e...

-O quê filhinha? Deixe isso para os caretas hodiernos pseudo intelectualizados.  Filha minha é puta, tem que saber é dar cu e cona. Não te quero lendo e nem vendo esses lixos.

-Mamãe.

-O que foi, raio de sol?

-Eu não sou feliz, tenho pensamentos suicidas, me acho solitária e apática. Será que tenho salvação? Devo tirar minha pobre vida de circuito e dar paz ao meu espírito?

-Ai, ai, florzinha, senta aqui no colinho da mamãe.

Ato 3: A menina senta arreganhada no colo da mãe que tira o pau roliço e espesso para fora .

- Alisa ele docinho. Pede que ele te dá a luz para o caminho da paz. 

(parte poética: cai do alto umas pirocas em isopor de mãos beijadas, na platéia).
  
Óh Mãezinha, como pôde até agora de sua pica  me poupar? Me faz sentir o que freud tentava explicar!?

Óh rebento do meu âmago. Doce cona eu te dei e provarei. Trarei à tona tua entranha, que eu muito bulinei.

Ato 4: A mãe introduz o falo na filha que projeta um ruído gutural para cima da platéia que se masturba em coro, pedindo a paz mundial. Todos gozam.

Fim.


2 comentários:

Áhh, que fofo você comentar!!!