A primeira vez que senti algo parecido com o que chamamos de paixão ou amor (qualquer palavra é insuficiente para definir a sensação) foi num hotel em Caxambu. Eu tinha oito anos e conheci duas lindas irmãs gêmeas, da mesma idade que eu, uma ruivinha e outra moreninha.
De um dia pro outro tornei-me uma menina catatônica, um zumbi. Só pensava em encontrá-las, estar perto delas.
Num final de tarde inesquecível, as duas me chamaram para pegar besouros no jardim do hotel, havia dezenas deles por lá. O sentimento que me ligava a elas fez com que eu perdesse o medo daqueles insetos estranhos. Eu faria TUDO que elas quisessem, faria TUDO por elas. Passamos horas colecionando uma infinidade de besouros. Três meninas no meio do mato. Depois de uma semana elas foram embora. O sofrimento e o vazio que experimentei quando elas partiram do hotel foi tão forte que ainda hoje eu posso sentir tudo aquilo quando fecho os olhos e relembro flashs daqueles momentos.
Ali eu descobri a minha vocação para servir as mulheres. "Use-me e abuse-me" é meu lema endereçado a elas.
Essa paixão dupla talvez explique também a minha crença inabalável em amores simultâneos.
Por que não podemos amar duas pessoas ao mesmo tempo?
E amei pra sempre as mulheres e os besouros.
Sobre os homens?
Quase todos são bobos, nunca tive paciência.
30 de mai. de 2011
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bobos, imbecis, idiotas, machistas, imaturos... td ao mesmo tempo.
ResponderExcluirentão, Piña, desiste delhis! vem tomar um vinho aqui em casa...
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