“Ser maníaca sexual é muito ruim”. Essa era a frase que Marluce sempre repetia nas rodas de cerveja e conversa. As amigas mais desinibidas, sempre contestavam a moçoila, as recatadas aprovavam com a cabeça afirmando:
-Deve ser mesmo, essas coisas eu só faço com amor.
Era sempre assim, Marluce se sentia outra quando dava boas gozadas, mas se deprimia quando era arrebatada pela vontade incontrolável e constante de dar a buceta.
Podia estar de dia, podia ser de tarde, e se fosse de noite lá estava o grelo da moça latente que nem dedão depois da topada. Ela costumava forçar a mente para que o pensamento mudasse de figura, mas nada adiantava. Uma vez, até chegou a fazer análise com uma terapeuta popular pelo SUS.
Marluce, já cansada de tantos constrangimentos, resolveu que ia ficar um tempo sem transar, e a partir daí a moça conseguiu, aos poucos, canalizar a tensão sexual. Quando a vontade vinha, ela tomava café preto e ouvia blues. O tempo foi passando e com ele a afobação e a ansiedade já não eram tão constantes. Mas às vezes ela tinha recaídas brabas, e se auto-agradava no banheiro do trabalho, lugar onde passava a maior parte do seu tempo, cenário onde vai viver o maior constrangimento da história de sua “doença”.
O Dia dia D
Era uma tarde de tédio, daquelas que a gente questiona o motivo da vida. A garota estava na sua função corriqueira e inútil, tão insignificante, que o conto nem vai contar. Fazia seu trabalhinho bobo, quando derrepente recebeu um coice mental, era ela, a vontade de dar e receber uma boa de uma rola masculina.
Se revirava, daqui e de lá, botava as mãos entre as pernas, sentia uma quentura que machucava de leve, a pele fina da buceta, muito úmida, mais inchada que a boca do senador Heráclito Fortes do DEM.
Depois de alguns minutos segurando a onda, ela se lembrou do sonho que tivera na noite passada. Na ocasião, um rapaz interessantíssimo, estilo Javier Bardem, abordava a moça numa lavanderia, beijava-a repentinamente, como se estivesse beijando um bilhete premiado da Mega Sena, levantava sua saia e a sugava, colocando o grelo latejante para dentro da boca macia, como textura de beijo apaixonado, sujo de sorvete. Marluce suava um suor doce, enquanto era lambida do pescoço até o dedinho dos pés. A moça gozou por cima dos jeans sujos do cara, ao som de What a feeling, tema do filme Flash Dance, que tocava no som ambiente do lugar. Além da sensação incrível de êxtase, o que mais marcou aquele momento, foi o cheiro de amaciante que envolveu o ninho no ato do clímax.. Foi um sonho incrivelmente delicioso, e claro, acordou tão melada que sujou a calcinha de maneira prolixa.
Quando a moça se deu conta, já estava com a saia levantada, sentada no vaso sanitário, dentro do banheiro da empresa. Seus dedos da mão esquerda abriam a buceta, enquanto os da direita friccionavam descompassadamente o clitóris enorme e excitado. Ela revirava os olhos e prendia a respiração ofegante, seu coração apanhava mais que caipirinha com limão. O gozo surgiu rasgando todos os sentidos à flor da pele, levou o tédio e os questionamentos de Marluce, que podia sentir todos os seus músculos num único propósito, chegar lá, preciso chegar lá, Cheeeeg, hannnnnnnnn, e... CLECK!!!!
O futuro malvado como ele só, aprontara com a moça, transformando o seu pós-auto-sexo, num momento de puro terror. Acontece que, no ímpeto do tzão, a maníaca sexual esqueceu de passar a chave na porta, possibilitando o maior flagrante da história da empresa. Eis que entra pela porta, a mulher do departamento pessoal, Fátima Amaral, que arregalou os olhos ao ver que tinha invadido o banheiro com alguém dentro.
No súbito da atitude descaralhada, (marluce era mestre nisso), rolou para o chão, fazendo uma abertura com as pernas, igualzinha aquela dançarina de polainas do filme Flash Dance. Esticou os braços como se fosse rodá-los como hélices e nessa hora sentiu a buceta bater no piso gelado. Olhou rápido para Fátima, que estava de pé na porta, tentando entender o que ela fazia arreganhada no chão. O cinismo da dançarina invadiu a cena, olhou para a espectadora com surpresa e constrangimento, mas ao mesmo tempo indiferente, disfarçando muito bem seu nervosismo. Levantou num pulo só, lavou as mãos com sabonete de erva doce e saiu dançando e cantarolando:
- She’s a maniac, maniac on the floor. Maniac, maniac on the floor… You work all your life for that moment in time. It can come or pass you by. It's a push of the world but there's always a chance. If the hunger stays alive…
essas mulheres que bebem só pensam em sexo...
ResponderExcluirSerá?
ResponderExcluirAcho que não... é só aparencia!
ResponderExcluirCara... Cada dia mais me torno sua fã!!!!!
ResponderExcluirVc que me inspira!
ResponderExcluirDemais....Gargalhei horrores e me apaixonei mais um poquinho...
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