Quando eu era criança, não tinha coragem de escrever nos meus papéis de carta. Não preenchia suas perfumadas folhas com estúpidas letras, que tanto de mim revelavam, só para manter aqueles pequenos recortes intocados. Tão ocos, opacos, eram meus papéis; apenas objetos de contemplação. E quando cresci, aquelas lindas mas medíocres recordações vazias nada mais me diziam, nada mais representavam. As linhas não rabiscadas se foram aos poucos, amassadas, jogadas fora... perderam-se no tempo e em minha memória.
Sessão nostalgia total.
3 de mar. de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
áh, migam, que criança down, mas fofaaa de franjinha!
ResponderExcluir