A síndica era uma mulher gordeta, de pele morena e cabelos sempre enrolados em bobs de plástico daqueles de R$1,99, verde-cor-de-papinha. Adorava falar com uma das mãos na cintura enquanto a outra bradava salmos evangélicos pelos corredores do prédio antigo e um bocado mal-conservado da Lapa.
Não era senhora de muitos amigos, mas gostava de qualquer um que lhe desse bom dia e dispusesse de cinco minutos para suas teorias sobre a falta de humanidade de vizinhos. Principalmente daqueles que não são capazes de dar dois nós nas sacolas de lixo antes de jogá-las no vão comum, que terminava no subsolo escuro e abafado.
O vizinho do 604 era um homem meio balofo, atarracado e com membros tão curtos que davam a impressão de que ele estava sempre eufórico demais quando acenava. Era um cara meio mau-caráter, que processava o vizinho de baixo por "risadarias e bebedeiras".
Não era senhora de muitos amigos, mas gostava de qualquer um que lhe desse bom dia e dispusesse de cinco minutos para suas teorias sobre a falta de humanidade de vizinhos. Principalmente daqueles que não são capazes de dar dois nós nas sacolas de lixo antes de jogá-las no vão comum, que terminava no subsolo escuro e abafado.
O vizinho do 604 era um homem meio balofo, atarracado e com membros tão curtos que davam a impressão de que ele estava sempre eufórico demais quando acenava. Era um cara meio mau-caráter, que processava o vizinho de baixo por "risadarias e bebedeiras".
Diziam as más línguas que o vizinho do 604, pai de uma ninfeta com cara de devassa, havia tentado contra os bons costumes e passeava pelas carnes descendentes quando a noite caía. A mim não me cabe julgar, simplismente exponho o que me chegou aos ouvidos.
Certo dia, anos depois de a rebenta fugir de casa com a namorada, enquanto a síndica organizava o lixo no subsolo de maneira metódica que nada tinha a ver com a coleta seletiva de materiais, o vizinho balofo do 604 se esgueirou pelo cômodo fétido. Sem se deixar notar, se aproximou das formas disformes da síndica e, respirando apressado na nuca alheia, deu-lhe uma bela de uma carcada.
Tensa e assustada, mas ao mesmo tempo com o sexo úmido, a velha deu um gemido.
- Mas o que você está fazendo? - suava ela, sem disfarçar a felicidade perdida com os anos.
- Você quer tanto quanto eu - disparava ele, com a jóia da família tinindo.
E ali, em meio ao chorume e ao meu lixo do delivery de dois dias atrás, aconteceu o sexo mais bizarro que eu já pude imaginar.
essa foto é nojenta!
ResponderExcluiresse cara tem que conhecer essa minha amiga: http://1.bp.blogspot.com/_HVOkUPvaduY/SdJznjcmpmI/AAAAAAAAAgM/7Y4dldNnics/s1600-h/anorexia.png
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