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mulheresqbebem@gmail.com

2 de mar. de 2010

Um brinde

Já que é para “expor as ideias de nossas cabeças pensantes e atuantes no campo da conivência humana” em um “blog completamente despretensioso e cretino”, segundo palavras de querida Caipirinha da Silva, resolvi abordar um tema que pode ser considerado o cúmulo do clichê nesse espaço unicamente feminino: a liberdade de expressão da mulher. E sim, adoro clichês, breguices e afins. Quero fazer um brinde às fêmeas que não se importam com o juízo de valor imposto por uma cultura ainda machista, que têm como única pretensão viver, sem se limitar às convenções ou preconceitos. Como farei isso? Com um singelo poema de minha autoria, escrito há algum tempo, que já é de conhecimento de algumas das minhas estimadas coleguinhas de blog, que não só bebem, como também entornam.

Não quer escrever
Quer ser puta e fuder por dinheiro
Quer transar sem precisar beijar
Quer ganhar gorjeta por uma boa chupada

Menina de família não sente prazer
Garota bem criada é boneca de louça
Quer ser prostituta e cobrar pela foda
E quando gostar do cliente quer gozar até enlouquecer

Fica em cima, fica em baixo
Pode dar de quatro, do jeito que quiser
Não fode muito bem, avisa aos interessados
Mas quer virar puta para perder a vergonha...

Vergonha que carrega quando nasce mulher
Que não tem direito de ser feliz sem preconceitos
Vai largar tudo de mão e virar prostituta na esquina
E que se dane o mundo, ela quer sexo

Se quiser pode não cobrar
Pode apenas ter o gostinho de dar para um fudido qualquer
Por caridade, por carência, por raiva
Sem constrangimento de ter nascido com a xota entre as pernas

Vai virar puta e rodar bolsinha na central de Brasil
Onde o mundo vira de cabeça depois das vinte e duas horas
Vai cobrar mais caro aos clientes que não a interessarem
Vai atender trinta homens em uma única noite

Como deve fazer uma boa puta que se preze

E tenho dito.

2 comentários:

Áhh, que fofo você comentar!!!