30 de jun. de 2010
Momentinho "ócio" no trabalho
"vou de táxi, cê sabe, tava morrendo de saudade"
Quem não teve infância e ficou mexendo a bundinha em frente à TV colorindo pintas nas coxas em homenagem à Angélica que atire a primeira pedra. Mas gostos e bizarrices da infância a parte, vamos ao momentinho mais querido desse quadro.
Bem vindos ao 'semiologia, já'.
Não sei se é só comigo, mas me parece que esse hit dos anos 80 - início dos 90 - não faz muito sentido. Se você vai de táxi, é porque está morrendo de saudade, visto que saudade é uma urgência, um sentimento que te consome e te transforma em uma bomba-relógio.
Logo, dizer que vai de táxi porque tava morrendo de saudade, não me satisfaz como literata.
Agora, se você realmente tava morrendo de saudade, o mais adequado, sob meu ponto de vista, seria dizer que veio, ou no caso da canção em primeira pessoa, vim, de táxi.
Alguma mente sã e igualmente desocupada me explica o mistério de tão agradável canção?
27 de jun. de 2010
Pode virar
Outro dia, depois de dois meses cultivando minha própria Claudia Ohana - sabe como é, muito trabalho, pouco dinheiro - resolvi juntar um dindin e fazer a bem em uma loja daquelas de depilação em estilo fordista. Cheguei, toda serelepe, sem deixar de ter sussurrado sacanagens mil nos ouvidos de meu comedor-mor. Depois de uma virilha cavada com faixa bem feita, vem a parte que mais me intriga. A atendente diz, com um sorriso cândido, aquele "pode virar".
Depilar o meu próprio buraco negro era um assunto que despertava mil fantasias em tempos inocentes. Pensava que doeria, que era besteira - afinal, quando se é inocente, dar o cu não é uma idéia recorrente -, e que nuuuuuunca deixaria verem meu pequeno botão. Um dia resolvi provar, e para minha surpresa, foi uma delícia só. Nada erótico, que me desse vontade de dar uma chupada na depiladora ou mesmo receber uma, mas foi uma agradável surpresa.
O negócio simplesmente não dói, e ainda facilita tarefas diárias e não-tão-desprovidas-de-critério assim. O único desconforto era ter que ficar de costas, deitada sobre uma maca, afastando as duas bandinhas rosadas que deus me deu enquanto a cera quente fazia meu amigo piscar. Me sentia ridícula, como se estivesse prestes a levantar vôo. Consegue visualizar?
Foi há pouco tempo, em uma depilação dessas tipo micareta, fora de época, que descobri um método revolucionário. Basta, de barriga pra cima, colocar a batata de uma perna sobre o joelho da outra. Bingo! É a glória, meu bem. Só falta o mojito, uma revista Caras, e o sol do Caribe pra vc se sentir uma madame de férias. Outro dia, conversando sobre o assunto, descobri que existem várias outras formas. De quatro, tipo cachorrinho, é uma delas. A outra é com o bumbum empinado, mas o dorso encostado na maca. Qual a sua favorita? A minha é aquela em que eu não preciso de um atestado de sanidade mental da profissional, por medo de ela meter qualquer coisa que seja no meu amiguinho.
26 de jun. de 2010
O Cara...
Ele não era essa pessoa interessante há uns anos.
Ele fez um personagem chamado ‘Tadeu’, na frustrada novela das sete “Pé na Jaca”.
Ele era padeiro, irmão do eterno galã Marcos Pasquim. Lembram? Não, não lembram.
Ele não fazia esse sucesso todo.
Depois de um tempo, voltou à tela da Globo como o indiano Raj.
Moreno bronzeado, sorriso brilhantemente branco, bom moço.
Sua estrela começou a brilhar de verdade quando a química com a eterna gostosa Juliana Paes deslanchou na novela das oito “Caminhos da Índia”.
Ele virou o sex symbol Global. O verdadeiro homem com cara de homem.
Ele desbancou o Bahuan. Gente, o Márcio Garcia sumiu na novela, tadinho.
O Rodrigo Lombardi é uma pessoa que mexe comigo. Mas não é no sentido sacana da coisa, não. Ele me irrita. Não ele pessoa, mas a cara dele. O formato do rosto dele. Sempre que o vejo me vem somente uma coisa à cabeça. Pirú. Não é pênis, piu piu, bilau, pau ou caralho. É pirú mesmo.
Todas as vezes que o "Mauro" aparece em cena na novela “Passsione”, não deixo de falar. “Ele tem cara de pirú”.
O nariz meio abrutalhado, a boca carnudinha, o rosto talhado quando sorri. Tem ou não tem cara de pirú? Pirú moreno, sabe? Pirú grossinho, sabe? Não muito grande. Tipo, pirú, padrão, morenão, grosso e com cara de Rodrigo Lombardi.
Aí pensei: “Esse é o motivo de tanto sucesso com as mulheres e com os homens. Ele tem cara de pirú”.
Quem gosta, gosta!
24 de jun. de 2010
A amiga ao lado
A dama da lotação
23 de jun. de 2010
Mulheres que participam!
22 de jun. de 2010
Por aí
Et je peux aller aux les plus loin lieux
Yo sé, no lograré
Forgive or forget you
Parce que dans toutes les langues (Qu’est-ce je peux fair ?)
Amor es siempre amor
21 de jun. de 2010
Chocolate e o sexo
boca-a-boca
Não somos
Afinal de contas, criticar uma Tati Quebra Barraco que fala “sou feia, mas tô na moda, tô podendo pagar hotel pros homens, isso é que é mais importante” não é nada demais. Ela pode argumentar dizendo que é uma pioneira mal compreendida em um meio machista e retrógrado. Mas quem é que vai defender uma mulher que não tem a mínima vontade de chocar, intimidar, escandalizar, de ser diferente; uma mulher que quer dizer apenas o que é, sem nenhuma pretensão? Escrever nesse blog que adoramos fuder, que temos a mente aberta, que somos muito bem resolvidas... moleza. Somos mesmo. Mas não sei como seria se alguém relatasse aqui o sonho de casar na igreja de branco, ter filhos e uma casa com um quintal bem grande para o cachorro brincar.
A questão não é exatamente criticar o que a mulher é ou deixa de ser. Guy Debord diz que antes do surgimento do sistema capitalista o indivíduo prezava o ser, ou seja, o juízo de valor era embasado a partir do que se era de fato. Depois, o ter passou a delimitar o espaço que cada um mereceria no meio social. O poder aquisitivo indicaria o valor de cada um. Mas com a revolução tecnológica, o surgimento das grandes mídias, parecer passou a ser o mais importante. As pessoas começam a se esconder atrás de grandes marcas, de discursos que não condizem com o que realmente são, exatamente para se mostrar.
Acho que hoje em dia a mulher que quer chamar a atenção pode ser dividida em duas categorias básicas: ou está mais preocupada em se parecer com uma boneca Barbie, ou em demonstrar que é descolada. Queremos aparentar tantas coisas, que acabamos nos esquecendo de ser nós mesmas. Seria idealismo demais, brega demais da minha parte, escrever aqui que todas deveríamos deixar os discursos de lado para encontrar a própria essência. Clichê. Sabemos que não é bem assim que funciona. Também sabemos que apesar de insistentes tentativas, é impossível estabelecer o que de fato somos. Quem se define se limita.
De minha parte, prefiro parafrasear o poeta Raul Seixas e dizer que “Prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”. Ah, e também como não poderia deixar de dizer, continuar admirando aqueles que simplesmente são qualquer coisa, em uma sociedade onde cada vez mais é necessário se autoafirmar.
20 de jun. de 2010
Amor de merda
que me suga (ainda)
mas não sei compor versos
Foda-se
Tenho um amor
que não se perde
nesse tempo de merda
Minhas mágoas são como bosta dura (e nova)
não afundam
n’água
nem se esfarelam
19 de jun. de 2010
Mulheres que bebem e lêem emails
O endereço é mulheresqbebem@gmail.com. Beijos-safados-onde-vocês-escolherem.
Linguada nas bolas
As festividades futebolísticas que ocorrem a cada quatro anos sempre despertam certo ufanismo no povo brasileiro e atitudes ensandecidas nos filhos dessa nação. Destempérios esses que são mais evidentes no bicho homem, do sexo masculino. Em geral, esses seres pensantes demonstram toda sua virilidade em rompantes de alegria ou ódio, socando objetos inanimados, socando uns aos outros ou até mesmo socando a si mesmo. Berram, xingam, chutam, revelando a grande quantidade de testosterona existente em seus hormônios.
Não sei se essas altivas estripulias estão relacionadas à necessidade de provar sua sexualidade de macho, ou se de fato eles surtam mesmo. Pois me deixe dizer uma coisa. Toda essa banca de fortão, fodão e marrentão, daqueles que enchem os cornos durante a exibição do jogo e fazem questão de bater no peito dizendo “mulher não entende dessa porra”, como se nós fossemos seres ignorantes e inferiores, é totalmente desmistificada na cama, quando eles viram os olhinhos ao levar uma bela de uma linguada no cu.
É isso mesmo, meus caros. Não estou dizendo que o prazer anal é coisa de florzinha, não. Muito pelo contrário. É consenso entre estudiosos da anatomia humana que você, meu querido homenzarrão, adora levar uma catucada no brioco. Mas apesar do que explica a ciência, a sociedade com sua cultura hipócrita garante que quem gosta de uma dedilhada no botão é mariquinha. Lamentável.
O pior são aqueles comédias que insistem em dizer que isso é pura viadagem, mas depois daquela partida de futebol em que demonstram toda sua macheza, ficam de costas na hora de fuder, gemendo igual umas cabritinhas, enquanto sentem aquela roçadinha bem no meio do fiofó. A questão aqui não é criticar quem permite esse tipo de carinho. Mas sim, quem permite na cama, mas na frente dos companheiros “igualmente muy machos” diz que quem gosta disso é boiola. Convenção escrota.
Para minha felicidade, tenho amigos heterossexuais que assumem numa boa que quando transam, adoram levar aquela catucada no cu de suas companheiras. Isso não só faz com que eu me orgulhe deles, como faz também que eu os considere homens de verdade. Afinal, em meio a todo esse puritanismo, tem que ser muito homem para admitir que gosta. Tem que ser muito bem resolvido com sua sexualidade para dizer numa boa: EU GOSTO DE LEVAR UMA LINGUADA NO CU.
E você, homem-macho-do-sexo-masculino-que-está-lendo-esse-post-agora, não pense que o que eu digo é um absurdo. Acredite: VOCÊ também vai ficar doidinho se deixar alguém te dar uma dedilhadazinha. Para ficar ainda melhor, não pense que é uma situação prazerosa só para você. Nesse momento, nós mulheres sentimos que temos um poder nas mãos (ou na língua) inexplicável. Nos tornamos as comandantes nesse momento, as que dominam a situação; o homem da relação (culturalmente falando), propriamente dizendo. E adivinhe: nós gostamos disso.
Portanto, rapazes, abram mais essas suas cabecinhas preconceituosas. Aproveitem também para abrir mais as pernas em posição de cachorro, o tradicional “de quatro”, e gozem dos prazeres anais proporcionados por um carinho gostoso e descompromissado. O recado se estende também para as moças-fêmeas-cheias-de-merdinha-na-cama. Muitas meninas acham isso um absurdo e são capazes de espalhar para todo mundo, com o semblante horrorizado, que o dito cujo para quem deram na semana passada pediu uma acarinhada um pouco mais diferente. Pobres amadoras.
Enfim, o recado está dado. Logo, altivos rapazes e moçoilas descoladas, aproveitem o clima de festa proporcionado por homens suados correndo atrás de uma bola para serem mais audaciosos na cama. Sem preconceitos.
rolha
18 de jun. de 2010
Gooooooooooooooooooooooooool!
Nesses momentos, há de se aprender a respirar. Inspira, prende, expira, relaxa. Dizem que ajuda o sangue a circular devagar, e a onda é quase a mesma de uma taça de vinho. NOT. Não funcionou, constatou, coçando a cabeça. No escritório, o cenário era deprimente. A tia secretária com as unhas pintadas metade de verde, metade de amarelo, a camisa do brasil de cotton deixando escapar aquela língua simpática de banha, a calça jeans para surdo-mudos, nas quais uma leitura labial pode render altas putarias (claro que não com aquela bunda de nós todos).
As colegas de trabalho todas usavam roupas nas cores da bandeira, penteados ufanistas, com fitinhas purpurinadas, e sombras verdes e azuis. A decadência, pensou ela, irritadíssima. Faltando dez minutos para o jogo, desligou o computador. Colocou a cadeira de frente para a TV e assistiu a todos os companheiros de escritório saírem em direção ao elevador. No bar da rua, mesas estavam reservadas. Mas ela estava sem tesão.
A cada avançada da Coréia, urrava por dentro. Torcia contra, de propósito. Vibrou com a performance meia bomba de Kaka, e se emocionou com o camisa 9 asiático, que ora chorava de emoção ora investia contra Julio Cesar. Ao primeiro gol, gritou de raiva. Ao segundo, chorou. Só imaginava seu namorado comemorando, bêbado, o gol com a buceta amiga, metendo nela toda a felicidade do mundo.
Naquele mesmo dia, terminou a relação. E deu pra um negão tesudo do escritório, com família na Costa do Marfim. Domingo promete.
17 de jun. de 2010
A Copa do Mundo é nossa!
A flor que não foi regada III ou “Oh, céus, que esse seja o último post sobre calamitoso tópico”
Olhei para o lado e eis que observo um amigo (tinha que ser) que eu nunca imaginei sequer dar uns beijinhos (só para variar). Ao que eu berrei: “para o carro que eu vou transar agora!!!”. “É hoje”, pensei, “é hoje”. Não que eu tivesse qualquer interesse enrustido no dito cujo, não, não. Mas ele é fechamento e eu estava querendo muito. Afinal, os episódios anteriores já relatados aqui aguçaram minha vontade ao extremo.
Minha amiga – a mesma pobre coitada que me levou para a casa do cacete dias antes, na esperança de que eu desse uma virada de olhinhos – parou o carro no condomínio fechado de um dos meninos presentes no veículo automotor. Até então, ninguém estava crendo nessa minha crise-resultante-da-situação-abstêmica, nem mesmo o pobre coitado que escolhi para satisfazer meus mais vis prazeres.
Ao que fui obrigada a expulsar todos do carro e pedir caridosamente uma camisinha para alguém. Sim, sim, coisa de amadora não andar prevenida. Mas é que eu nunca tinha passado por situação parecida... Tá bom, não tem justificativa. Que seja.
Enfim, encurtando o relato. O engraçado até que tava querendo já tinha um tempo, eu sei. Mas ele ficou tão desesperado com a situação completamente do nada, no meio da madrugada, que começou a implorar que alguém o tirasse dali, dizendo que “não queria”.
Pois muito bem... E sabe o porquê de ele não querer??? Porque ele já estava prevendo o que ia acontecer. É isso mesmo. Ele brochou. BROCHA, BROCHA, BROCHAAAAA. Não tenho palavras para exprimir o banho de água fria jogado em meu tesão naquele momento. Claro que na hora eu caí na gargalhada. Imagina que situação engraçada? De fato, não posso negar que foi hilário.
Quando eu saí do carro dizendo que o bonitinho não levantava por nada, um amigo nosso não acreditou. Achou um absurdo. Na verdade, ninguém acredita até agora, e o pobre coitado virou chacota das mais bizarras piadas de pau mole, em plena a maior rede social do Brasil: o Orkut. Para minha felicidade, minha identidade foi preservada.
O pior, é que em um momento de desespero, telefonei para o meu P.A., no meio da madrugada. Que fosse o arroz com feijão de sempre mesmo, do jeito que eu estava é que não podia ficar. Mas para “melhorar” minha situação, o idiota não viu minha chamada, estava dormindo. Ligou no dia seguinte perguntando o que tinha acontecido, ao que eu respondi, muito da puta da vida: “agora não precisa mais”. Afinal, eu já estava na merda mesmo.
No final das contas, o que me restou no dia seguinte foi ir à academia gastar a energias que foram reprimidas na noite anterior. Ah... e como eu malhei.
Milonga
16 de jun. de 2010
Um pouco de poesia nojenta
13 de jun. de 2010
Vingancinha ou A flor que não foi regada II
Como vocês devem imaginar, eu já estava com muita vontade de fazer um amorzinho; qualquer encostadinha em mim seria mais do que o suficiente para me causar infinitos surtos de prazer.
Enfim, não contente com essa deplorável situação, inventei de passar a noite na casa de uma amiga. Ao que, considerando a falta de espaço existente no recinto, eu deveria compartilhar um dos cômodos com outras quatro pessoas. Considerando que eu dormiria na cama, e que a dita cama era de casal, nada mais justo do que dividir o singelo dormidor.
E justo quem se deitou ao meu lado? Um amigo que já andou vindo aqui, assim, como quem não quer nada. Porém, considerando que essas atividades vis se passaram nos anais dos tempos, eu jamais imaginaria que ocorreria qualquer coisa naquela noite, ainda mais em um quarto cheio de gente. Até porque, ele tem namorada. Não pegaria muito bem se a pobre coitada soubesse de tamanha peripécia.
Mas eis que, bêbados, no calar da madrugada, embaixo dos lençóis - e eu no meu total estado de galudisse –, começamos aquele esfrega-esfrega que todos já conhecem. “Sensacional”, pensei cá com meus botões. “Não consegui dar ontem, mas hoje vai rolar”.
Não podíamos fazer barulho algum, muito menos movimentos pélvicos exagerados. Não seria benéfico para nenhuma das partes se levantássemos suspeitas sobre a sacanagenzinha que estava rolando ali. Pois não contente com todas essas dificuldades, o engraçado me fez o favor de dá-lhe uma bela de uma jatada de leite em minha mão, ainda durante as preliminares. Filho da puta.
Ódio? Desespero? Vontade de dar com a cabeça na parede? Quase chorei de tanta raiva, ao constatar que, mais uma vez, pelo segundo dia consecutivo, eu não iria transar. Como eu sofro. Fui obrigada a levantar da cama e ficar vagando pela casa feito uma alma penada, para refrescar e esvaziar a cabeça. Afinal, a cabeça do indigente que estava ao meu lado estava mais do que relaxada.
Meu tesão pelas duas tentativas falidas era tão grande, que eu simplesmente perdi a vontade de transar. Ao que, vingativa, decidi que outra pessoa teria que passar pelo mesmo desespero que eu. Afinal, alguém, de uma maneira ou de outra, ia ter que se fuder comigo. Literalmente falando.
Não tardou muito tempo. No final de semana seguinte, meu amigo P.A., que assina seus comentários nesse blog como Sr. Blindex – em um post futuro explicarei o porquê dele se auto-alcunhar por tal vocativo –, me apareceu no bar em que eu estava, cheio de vontade de transar.
Galinhudo do jeito que ele é, devia no mínimo estar desesperado, porque naquele dia nenhuma das comidinhas que ele tem estava disponível. Assim como ele quebra meu galho, nada mais justo do que eu quebrar o dele de vez em quando. Porém, por pura maldade, soltei um redondo “não, amigo, não vou te dar hoje”.
Eis que ele não levou muita fé em minha negativa, e continuou no bar, na esperança de conseguir me comer no final da noite. Coitado dele. Quanto mais desesperado ele ficava, e pedia, e implorava, mais eu ria da cara dele. Sim, sou muito má.
Eu ficaria muito feliz em finalmente fazer um sexo gostoso, ainda mais porque meu querido P.A. me prometeu uma transada com muito amor e carinho naquela noite. Mas achei que deixar o engraçado com muita vontade seria muito mais divertido. Logo, ele foi para casa, às 4hs da manhã, chupando o dedo. Aliás, o dedo foi o máximo que ele deve ter chupado naquela noite. Ah-há. Ah-há.
Por fim, ainda não dei. Sofro. Mas fico feliz por saber que alguém sofreu junto.
Rodrigo
ainda que se culpe
Gozando a dor de ser (só)
12 de jun. de 2010
De cair os cabelos
Assumo que sou um cara do tipo Zé Mayer, daqueles que só acham uma coisa melhor do que mulher; uma mulher diferente. E nessas minhas andanças pelos caminhos da esbórnia, me encantei por uma menina numa festa. Uma loirinha linda, cabelos no meio das costas, vestidinho colado delineando um corpinho gostoso, pernas lisinhas e pés cuidadinhos em uma sandália de “fashion week”.
Hesitei alguns momentos antes de abordar a gata, talvez por achar que eu não estava a altura de consumir aquele banquete. Porém, usando das técnicas do “Manual do Cafajeste ”(talvez assunto para um novo post), fiz amizade com a amiga dela e me aproximei do alvo com boas indicações.
Não demorou muito para que nos rendêssemos aos prazeres de um beijo acalorado na pista de dança, e estimulados pelo teor alcoólico de nossos corpos, poucas horas depois partíamos para o “cafofo do prazer” (apelido carinhoso de minha residência). Parto sempre do princípio de que quando a mulher aceita ir para a casa de um homem que mora só, no final da noitada, ela está com tanta vontade de transar quanto o sujeito que a fez o malicioso convite para a visita. Entramos em casa e logo apimentamos as carícias que iniciaram na pista de dança.
Minutos depois do rala esquentar, recebi a ligação de um amigo (devo contar que é o P.A de Pina??) que estava chegando em minha casa acompanhado da menina amiga, que me auxiliou na conquista da noite. Por senso comum, nós quatro compartilhamos da mesma cama. A companhia de meu amigo relutou um pouco e disse que não daria pra dois caras juntos, mas não impediu algumas investidas manuais no meio da bagunça.
Eu penetrava a gata por cima, com cara de tesão, mãos apoiadas na cama para garantir perfeito equilíbrio nas profundas estocadas. Uma de minhas mãos apoiou em cima do lindo cabelo loiro da beldade, e quando ela se mexeu veio a surpresa... um “tufo” daquela brilhosa crina desprendeu-se do restante das madeixas.
Surpreso, mas não abalado, continuei meus trabalhos. Ah, só por observação: antes de começar os trabalhos tive que agir tal um saca rolhas tirando um estufado O.b da cavidade vaginal da então gata. Sina minha essa coisa de molho à tarantela... (mais um caso para um futuro post).
Mudamos de posição, ela jogou o tufo para o lado da cama. O casal ao nosso lado metia ardentemente e eu me distraia também dedilhando a menininha do meu amigo que, mesmo contrariada, preocupava-se mais em gemer enquanto eu observava o momento Coiffeur da minha gata.
Posições mudadas, de quatro, animal, selvagem, ardente e... puff, cai outro tufo. As longas madeixas agora estavam reduzidas a um singelo cabelinho no ombro. Tudo tolerável, até que meu nobre amigo escutou a menina dizer: “caiu mais cabelo aqui...”, e olhando para o lado, viu aquele texugo sem vida.
Pra quê... saiu a primeira risada. Da primeira veio a segunda. E eu, com meu tino implacável para o humor inconsequente, me libertei e bradei: “puta que o pariu, a mulher é careca! CARECA!” Foi-se a transada por água abaixo. Fui para o banheiro (rindo é claro) e deixei meu amigo na cama com a outra lá gemendo. Não teve jeito, brochei. Acho até que fui bem resistente (obrigado, Vodka!), pois relutei bastante antes de tal fato.
Me restava fazer sala para a “pseudo-gata”, até meu amigo gozar naquela cabrita berradeira. Já eram 8h da manhã e meu sono havia chegado.Valente e ninfomaníaco que sou, não resisti aos gemidos que vinham do quarto e tive que encarar a careca na sala mesmo, afinal, era questão de honra gozar depois disso tudo. E assim foi feito. De pé, na sala.
Quando tudo finalmente acabou, fui conduzir as visitas até a porta, com aquele velho papo de “te ligo para nos vermos mais vezes” (vai esperando, careca de uma figa). Fui cumprimentar meu amigo que encarou a batalha comigo, mas, estranhamente, ele não me estendeu a mão. Antes que eu pensasse que era indelicadeza da parte dele, fui alertado disfarçadamente sobre o vermelho urucum que dominava minha mão direita por inteiro. Exatamente, pra fechar com chave de ouro, a bendita ainda me menstruou a mão direita toda.
Beijos e abraços.
Jose Cuervo F.C