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13 de jun. de 2010

Vingancinha ou A flor que não foi regada II


Pois muito bem. No mesmo dia em que narrei aqui minha tentativa fracassada de levar uma botada de um querido amigo meu - que diga-se de passagem, nunca deve ter imaginado meus inescrupulosos desejos para aquela noite - , me ocorreu um fato peculiar.

Como vocês devem imaginar, eu já estava com muita vontade de fazer um amorzinho; qualquer encostadinha em mim seria mais do que o suficiente para me causar infinitos surtos de prazer.

Enfim, não contente com essa deplorável situação, inventei de passar a noite na casa de uma amiga. Ao que, considerando a falta de espaço existente no recinto, eu deveria compartilhar um dos cômodos com outras quatro pessoas. Considerando que eu dormiria na cama, e que a dita cama era de casal, nada mais justo do que dividir o singelo dormidor.

E justo quem se deitou ao meu lado? Um amigo que já andou vindo aqui, assim, como quem não quer nada. Porém, considerando que essas atividades vis se passaram nos anais dos tempos, eu jamais imaginaria que ocorreria qualquer coisa naquela noite, ainda mais em um quarto cheio de gente. Até porque, ele tem namorada. Não pegaria muito bem se a pobre coitada soubesse de tamanha peripécia.

Mas eis que, bêbados, no calar da madrugada, embaixo dos lençóis - e eu no meu total estado de galudisse –, começamos aquele esfrega-esfrega que todos já conhecem. “Sensacional”, pensei cá com meus botões. “Não consegui dar ontem, mas hoje vai rolar”.

Não podíamos fazer barulho algum, muito menos movimentos pélvicos exagerados. Não seria benéfico para nenhuma das partes se levantássemos suspeitas sobre a sacanagenzinha que estava rolando ali. Pois não contente com todas essas dificuldades, o engraçado me fez o favor de dá-lhe uma bela de uma jatada de leite em minha mão, ainda durante as preliminares. Filho da puta.

Ódio? Desespero? Vontade de dar com a cabeça na parede? Quase chorei de tanta raiva, ao constatar que, mais uma vez, pelo segundo dia consecutivo, eu não iria transar. Como eu sofro. Fui obrigada a levantar da cama e ficar vagando pela casa feito uma alma penada, para refrescar e esvaziar a cabeça. Afinal, a cabeça do indigente que estava ao meu lado estava mais do que relaxada.

Meu tesão pelas duas tentativas falidas era tão grande, que eu simplesmente perdi a vontade de transar. Ao que, vingativa, decidi que outra pessoa teria que passar pelo mesmo desespero que eu. Afinal, alguém, de uma maneira ou de outra, ia ter que se fuder comigo. Literalmente falando.

Não tardou muito tempo. No final de semana seguinte, meu amigo P.A., que assina seus comentários nesse blog como Sr. Blindex – em um post futuro explicarei o porquê dele se auto-alcunhar por tal vocativo –, me apareceu no bar em que eu estava, cheio de vontade de transar.

Galinhudo do jeito que ele é, devia no mínimo estar desesperado, porque naquele dia nenhuma das comidinhas que ele tem estava disponível. Assim como ele quebra meu galho, nada mais justo do que eu quebrar o dele de vez em quando. Porém, por pura maldade, soltei um redondo “não, amigo, não vou te dar hoje”.

Eis que ele não levou muita fé em minha negativa, e continuou no bar, na esperança de conseguir me comer no final da noite. Coitado dele. Quanto mais desesperado ele ficava, e pedia, e implorava, mais eu ria da cara dele. Sim, sou muito má.

Eu ficaria muito feliz em finalmente fazer um sexo gostoso, ainda mais porque meu querido P.A. me prometeu uma transada com muito amor e carinho naquela noite. Mas achei que deixar o engraçado com muita vontade seria muito mais divertido. Logo, ele foi para casa, às 4hs da manhã, chupando o dedo. Aliás, o dedo foi o máximo que ele deve ter chupado naquela noite. Ah-há. Ah-há.

Por fim, ainda não dei. Sofro. Mas fico feliz por saber que alguém sofreu junto.

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